Manuela de Freitas

Maria Manuela Gouvêa de Freitas, mais conhecida por Manuela de Freitas (Lisboa, 4 de setembro de 1940), é uma actriz portuguesa. Recebeu o Prémio Bordalo em 1969 e em 1971 na categoria de "Teatro" e o Prémio Garrett (1989) da Secretaria de Estado da Cultura, para "Melhor Interpretação Feminina".

Manuela de Freitas
Nome completo Maria Manuela Gouvêa de Freitas
Outros nomes Manuela Freitas
Nascimento 4 de setembro de 1940 (83 anos)
Lisboa, Portugal
Nacionalidade portuguesa
Ocupação Atriz
Outros prémios
Prémio Bordalo (1969) (1971) Teatro
Prémio Garrett (1989) SEC

Biografia

Maria Manuela Gouvêa de Freitas, mais conhecida por Manuela de Freitas,[1] nasceu em 4 de setembro de 1940, em Lisboa.[2]

No teatro, Manuela de Freitas iniciou-se no Teatro da Casa da Comédia, sob a direcção de Fernando Amado. Trabalhou com Mário Viegas e protagonizou Medeia (2006), de Eurípedes, encenado por Fernanda Lapa no Teatro Nacional D. Maria II.

Foi uma das fundadoras d' "A Comuna - Teatro de pesquisa", no ano de 1972, juntamente com José Mário Branco, João Mota, Carlos Paulo, Melim Teixeira e Francisco Pestana.

Manuela de Freitas recebeu por duas vezes o Prémio Bordalo, ambos como actriz na categoria de "Teatro". O primeiro, o Prémio da Imprensa (1969), como "Prémio Revelação" entregue pela Casa da Imprensa, em 1970, que também distinguiu também nessa ocasião, na mesma categoria os actores Carmen Dolores e João Perry, os encenadores Jorge Listopad (A Dança da Morte) e Norberto Barroca (Fando e Lis) e o autor Alves Redol a título póstumo. Dois "Prémios Especiais de Mérito" foram ainda atribuídos aos Grupos Cénicos das Faculdades de Direito e de Letras da Universidade de Lisboa. O segundo, o Prémio da Imprensa (1971), atribuído pelo seu desempenho em O Fim foi partilhado com a actriz Glória de Matos (Quem tem Medo de Virgínia Woolf) e entregue numa cerimónia de 1970 em que foram também homenageados os actores Rui de Carvalho, António Montez e Maria Vitória (Revelação), os encenadores Jorge Listopad (O Fim) e Carlos Avilez (Ivone, Princesa da Borgonha) e o cenógrafo Rui Mesquita (O Fim).[3]

No cinema, a actriz estreia-se nas filmagens de O Passado e o Presente, de Manoel de Oliveira.[2]

Manuela de Freitas recebeu Prémio Garrett (1989), da Secretaria de Estado da Cultura, para Melhor Interpretação Feminina pela sua prestação na peça Final (1988).[4]

A 6 de junho de 2008 foi agraciada com o grau de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.[5]

Teatro

AnoTítuloRef.
1961O Marinheiro[4]
1962O Morgado de Fafe[4]
1963Verbo escuro + Regresso ao Paraíso[4]
1963Deseja-se mulher[4]
1964Invenção da descoberta[4]
1964A reconstituição + As avestruzes[4]
1964Recital Vicentino[4]
1966A mulher do roupão[4]
1967O fusível[4]
1969A caixa de Pandora[4]
1969Fando e Lis[4]
1969Forja[4]
1970A Celestina[4]
1970A noite dos assassinos[4]
1971O fim[4]
1971O circo imaginário do Super-Basílio[4]
1972Para onde is?[4]
1972Feliciano e as batatas[4]
1973Brincadeiras[4]
1973Vamos para Maljukipi[4]
1974A ceia I[4]
1974A ceia II[4]
1974A cegada[4]
1975Era uma vez...[4]
1976Fogo[4]
1976O muro[4]
1977Em Maio...[4]
1977A mãe[4]
1978Homem morto, homem posto[4]
1981Cogumelos[4]
1982A gaivota[4]
1983O anúncio feito a Maria[4]
1984A troca[4]
1985Ricardo III[4]
1985Pílades[4]
1985O rei da vela[4]
1986Pai[4]
1986A sonata dos espectros[4]
1987Um homem para qualquer pátria[4]
1988Deus os fez...Deus os juntou[4]
1988Material Medeia e Quarteto[4]
1988Final[4]
1989A pécora (Auto da paixão de Santa Melânia)[4]
1990Um eléctrico chamado desejo[4]
1993Primavera negra[4]
1993Sete portas[4]
1994A grande magia[4]
1994O ensaio de um sonho[4]
1995Bérénice[4]
1996A margem da alegria[4]
1998Um sonho[4]
1998Quando passarem cinco anos[4]
2001A tempestade[4]
2003Jornada para a noite[4]
2006Medeia[4]

Filmografia

AnoTítuloRef.
1972Fragmentos de um Filme Esmola[6]
1972O Passado e o Presente[2][6]
1978Veredas[6]
1979Amor de Perdição[6]
1981Francisca[6]
1985O Sapato de Cetim[6]
1984Ninguém Duas Vezes[6]
1986À Flor do Mar[6]
1988Agosto[6]
1989Recordações da Casa Amarela[6]
1993Coitado do Jorge[6]
1995A Comédia de Deus[6]
1997Le Bassin de J. W.[6]
1999As Bodas de Deus[6]
2001Frágil como o Mundo[6]
2003Vai e Vem[6]

Referências

  1. «Certidão de lista de associadas da Audiogest» (PDF). IGAC/Ministério da Cultura. 25 de julho de 2007. Consultado em 16 de janeiro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 24 de dezembro de 2013
  2. «Cinema Português : Cronologia : 1940». Indica "O Passado e o Presente (1971)". Instituto Camões. 2003–2007. Consultado em 3 de outubro de 2017
  3. «Prémios Bordalo». Em 1969 e 1971 denominado "Prémio da Imprensa". Presumida gralha "1973" para data de cerimónia. Sindicato dos Jornalistas. 22 de janeiro de 2002. Consultado em 22 de setembro de 2017
  4. «Ficha de Pessoa : Manuela de Freitas». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 24 de Janeiro de 2013. Consultado em 9 de outubro de 2017
  5. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Maria Manuela Gouvêa de Freitas". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 9 de setembro de 2020
  6. «Pessoa : Manuela de Freitas». CinePT - Cinema Português (Universidade da Beira Interior). Consultado em 3 de outubro de 2017

Ligações externas

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