Maria Vidal
Maria Vidal,[1][2] nome artístico de Maria Cândida dos Santos Vidal (Rio de Janeiro, 24 de novembro de 1905 - São Paulo, 14 de maio de 1963) foi uma atriz brasileira de rádio, teatro, cinema e televisão. Na televisão participou de teleteatros na TV Tupi, na década de 1950.
| Maria Vidal | |
|---|---|
| Nascimento | 24 de dezembro de 1905 Rio de Janeiro |
| Nacionalidade | brasileira |
| Morte | 14 de maio de 1963 (57 anos) São Paulo, SP |
| Ocupação | Atriz, comediante |
| Atividade | 1918 – 1963 |
Biografia
Atriz com passagens pelo cinema, teatro, rádio e televisão, dedicava-se principalmente à comédia. Filha de Júlia Cândidas dos Santos Vidal e de Manoel dos Santos Vidal. Quando foi fichada em Recife pela DOPS/PE em agosto de 1938, Maria Vidal integrava a Companhia Teixeira Pinto, em cartaz no Teatro de Santa Isabel com a peça “O hóspede do quarto nº 2”, de Armando Gonzaga. Trabalhou na Rádio Guanabara, na Rádio Nacional, nas rádios Tupi do Rio e de São Paulo como radioatriz.[3] Em 1930, ao lado de Pinto Filho, Maria Vidal gravou um registro histórico: a versão original de "Lua Branca", de Chiquinha Gonzaga. Maria Vidal, na década de 1950, pertencia a pequena base do PCB, com Maria Helena e Prado e Deocélia Vianna (cônjuge de Oduvaldo Vianna), que existia no meio radiofônico, principalmente nas rádios Tupi e Difusora.
A artista cuidava de 40 animais, entre cães e gatos e estava levantando fundos para criar a cidades deles. Infelizmente seus vizinhos não gostavam do barulho dos animais e chamaram a prefeitura, que levaram todos para ser sacrificados.
Com problemas financeiros e deprimida por ver seus animais ser levados para a morte, Maria Vidal cometeu suicídio, tomando soda cáustica e colocando a cabeça no forno. Ainda ficou dias internada, vindo a morrer aos 57 anos. Na época ela morava com uma irmã que era ex atriz, chamada, Júlia Vidal. A associação protetora dos animais mandou uma estátua de bronze de um cão, para colocar no túmulo da atriz, pela sua luta a favor deles, mas na pressa de conseguir um jazigo para o enterro da atriz, o objeto acabou indo ficar no parque Ibirapuera. Sua irmã foi despejada e passou a morar nas ruas.[4]
Após a tragédia, os vizinhos arrependidos, pediram que a rua onde a atriz morava no Sumaré, passasse a ter seu nome, como homenagem. Pedido que foi atendido.[4]
Filmografia
Trabalhos no Cinema
| Ano | Título | Personagem |
|---|---|---|
| 1960 | Sai Dessa, Recruta | Dona Margarida[5] |
| 1958 | O Camelô da Rua Larga | Dona Bebé |
| Vou Te Contá... | Marta | |
| Quem Roubou Meu Samba? | Aurora[6] | |
| 1957 | Dorinha no Soçaite | Mãe de Dorinha |
| Marido Barra Limpa | Dulce[7] | |
| Casei-me com um Xavante | Leopoldina | |
| 1956 | A Pensão da D. Stela | Dona Estela[8] |
| 1954 | A Sogra | — |
| 1949 | Quase no Céu | Empregada |
| 1945 | O Cortiço | Lavadeira |
| 1939 | Futebol em Família | Professora |
| 1936 | João Ninguém | — |
Televisão
| Ano | Título | Personagem | Notas |
|---|---|---|---|
| 1963 | Grande Teatro Tupi | — | Episódio: "Até Que a Luz Volte" |
| — | Episódio: "A Rosa Tatuada" | ||
| Klauss, o Loiro | — | ||
| 1960 | TV de Comédia | Dona Santa | Episódio: "Padre, Eu NãO Caso Mais" |
| — | Episódio: "Quadros Da Vida" | ||
| 1959 | O Príncipe e o Pobre | — | |
| 1958 | TV de Comédia | Acácia | Episódio: "O Fantoche" |
| — | Episódio: "Chuvas de Verão" | ||
| — | Episódio: "Era Uma Vez Um Vagabundo" | ||
| — | Episódio: "Feitiço" | ||
| 1957 | Seu Genaro | — | |
| 1956 | Seu Tintoreto | Olinda |
Referências
- «Maria Cândida dos Santos Vidal». O Obscuro. Consultado em 26 de fevereiro de 2017
- «Personalidade». Adoro Cinema. Consultado em 26 de fevereiro de 2017
- «BIOGRAFIA DE MARIA VIDAL PARA O MUSEU DA TELEVISÃO BRASILEIRA». Museu da TV. Consultado em 26 de fevereiro de 2017. Arquivado do original em 26 de fevereiro de 2017
- «Maria Vidal, a atriz que morreu por amor aos animais». Consultado em 8 de junho de 2021
- «Sai Dessa, Recruta». Cinemateca Brasileira
- «Quem Roubou Meu Samba?». Cinemateca Brasileira. Consultado em 26 de fevereiro de 2017
- «Marido Barra Limpa». Cinemateca Brasileira. Consultado em 12 de abril de 2018
- «A Pensão da D. Estela». Cinemateca Brasileira. Consultado em 26 de fevereiro de 2017