Mosteiro de Santo André de Rendufe
O Mosteiro de Santo André de Rendufe localiza-se na freguesia de Rendufe, município de Amares, distrito de Braga, em Portugal.[1]
| Mosteiro de Santo André de Rendufe | |
|---|---|
![]() Mosteiro de Santo André de Rendufe | |
| Estilo dominante | Barroco |
| Proprietário inicial | Ordem de São Bento |
| Função inicial | Religiosa (mosteiro) |
| Proprietário atual | Estado Português |
| Função atual | Religiosa (igreja), cultural (museu) |
| Património Nacional | |
| Classificação | |
| Ano | 1943 |
| DGPC | 75006 |
| SIPA | 1898 |
| Geografia | |
| País | Portugal |
| Localidade | Rendufe |
| Coordenadas | |
Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1943.[2]
História
Embora se desconheça a data precisa de edificação deste antigo mosteiro da Ordem de São Bento, sabe-se que em 1090 o Abade do Mosteiro chamava-se D. Sesnado (ou Senaudo)[3] e que a sua primitiva igreja já existia em 1151.[4] Considerado uma das principais casas dos monges beneditinos no país, foi seu fundador Egas Gomes Pais de Penegate, membro da nobreza e tenente das terras de Regalados, Penela, Bouro e Rendufe de 1071 até 1112 entre os rios Neiva e Cávado.
De 1401 até 1414, o Abade do Mosteiro foi Mestre André Dias, Mestre em Teologia, Canonista, professor universitário e depois Bispo de Ciudad Rodrigo, de Ajácio e de Mégara na Grécia.[5]
Ao longo dos séculos o mosteiro foi ampliado, mas as principais obras datam do século XVIII, como a construção da nova igreja (1716-1719) e dependências conventuais, com destaque para a Capela do Santíssimo Sacramento. Houve, nessa época no mosteiro de Rendufe, um prestigiado Colégio de Filosofia que formou, entre outros, o Cardeal Saraiva.[5]
Com a extinção das ordens religiosas masculinas (1834) a igreja passou a paroquial. A cerca e demais instalações foram vendidas e posteriormente perdidas em 1877, num incêndio que consumiu grande parte do antigo mosteiro.
Em 30 de abril de 1960 dá-se a derrocada da abóbada e telhado da igreja, provocando grandes danos na decoração interior.
Em nossos dias sofreu intervenção de conservação e restauro pelo IPPAR, no sentido de preservar as ruínas do claustro e de um chafariz do antigo convento. Não foi possível uma intervenção global no conjunto, uma vez que os edifícios estão na posse de diversos proprietários.[6][1]
Programa Revive
Em 2016 o mosteiro integrou o programa ‘Revive’, projeto do Estado português que prevê a abertura do património ao investimento privado para o desenvolvimento de projetos turísticos.
A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel, com exceção da igreja.
O modelo jurídico é o de direito de superfície.[7]
Características
A atual igreja apresenta fachada simétrica, com duas torres sineiras. Em seu interior destaca-se um notável conjunto de talha dourada do estilo rococó, considerado uma das mais importantes do norte do país.[6][1]
Espólio documental
O espólio documental foi inventariado, em 1966, por José Matoso.
Em 1985 foi publicado, pelo Arquivo Distrital de Braga, onde a documentação se encontra, o Inventário do Fundo Monástico Conventual.[8][9]
Referências
- Mosteiro de Santo André de Rendufe na página do Sistema de Informação para o Património Arquitétónico.
- Cf. Decreto n.º 32973, de 18 de março de 1943.
- MATTOSO, José - O Mosteiro de Rendufe, 1090 - 1570, Bracara Augusta, vol. XXIII, fasc.56, 1971, (O nome do Abade figura num julgamento)
- Data de inscrição no pavimento, junto ao arco do cruzeiro
- LESSA, Elisa Maria Maia da Silva. «O património artístico musical do Mosteiro de Santo André de Rendufe: Conhecer o passado para intervir no presente», in Artison, n.º 3 (2016, pp. 112-120.
- Mosteiro de Santo André de Rendufe na página da Direção-Geral do Património Cultural.
- Mosteiro de Santo André de Rendufe na página do Programa Revive.
- Cf. Mosteiro de Santo André de Rendufe no Arquivo Distrital de Braga.
- Cf. ARAÚJO. António de Sousa: SILVA, Armando B. Malheiro da. Inventário do fundo monástico-conventual. Braga : Arquivo Distrital de Braga : Universidade do Minho, 1985. Separata de Itinerarium, n.º 31.
Galeria
Fonte
Imagem na porta principal
Porta lateral
Interior da Igreja
Claustro
Aqueduto
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