Naveta

Naveta ou túmulo naviforme é uma construção pré-histórica da ilha espanhola de Minorca. Tinha por função o sepulcro coletivo e era construída com grandes pedras e técnica ciclópea (ou seja, sem qualquer argamassa). Recebem este nome devido ao formato naviforme, que lembra vagamente uma embarcação voltada para baixo.

 Nota: Se procura para outros significados, veja Acerra (objeto).
Naveta funerária de Es Tudons, Minorca

As navetas funerárias pertencem aos primórdios da Cultura talayótica de Minorca, desde o ano 1000 a.C. Ainda que, por suas características morfológicas, bastante similares aos dólmens da ilha, tenham sido freqüentemente considerados mais antigos. Isto deve-se porque, apesar de posteriores a este outro tipo de monumento megalítico em mil anos, a grande duração do uso destes, e as tradições duradouras próprias duma cultura insular, fizeram com que as navetas fossem efetivamente inspiradas nos dólmens. Estas semelhanças são especialmente patenteadas nas navetas mais antigas.

Laje perfurada de acesso à câmara sepulcral

Assim como os dólmens de Minorca, as navetas arcaicas são praticamente circulares no exterior, e a câmara sepulcral é retangular, delimitada por grandes lousas dispostas verticalmente. O exterior dos dólmens é um túmulo de pedra que recobre a estrutura da câmara sepulcral. No caso das navetas este túmulo é feito com esmero, tendo as pedras colocadas com esmero de modo que as paredes exteriores fiquem mais ou menos planas. Em muitos casos também recorrem à disposição dessas pedras em curvas. Também possuem uma câmara similar aos dólmens e, o que é mais revelador, a separação entre as duas câmaras vem marcada pela colocaççao de uma lousa plana vertical com uma abertura mais ou menos quadrada e perfurada, e com rebaixamento para poder encaixar uma laje de fechamento.

As navetas mais evoluídas perderam a forma circular ou ovalada das primeiras e tomaram a conformação de navios invertidos, de onde veio o nome. A fachada da naveta equivaleria à popa. Também se iniciou a construção de navetas com um segundo piso, ao qual se acessava por um tipo de chaminé desde a antecâmara. A separação entre os pisos, assim como o teto, era feita por meio de grandes pedras dispostas de lado a lado. O mal estad de conservação de muitas delas faz com que seja impossível saber se todas possuíam dois pavimentos, ou se foi um aperfeiçoamento arquitetônico.

Uma das mais recentes e melhor conservadas é a Naveta Es Tudons, construída sem a laje perfurada, que foi uma evolução construtiva que as distingue claramente dos dólmens.

Ligações externas

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