Nossa Senhora do Pilar (1763)
A Nossa Senhora do Pilar, e, posteriormente, Conde Dom Henrique,[1] foi uma nau de linha de 74 peças da Marinha Portuguesa, lançada ao mar em Lisboa em 1763. Em 1807, durante a transferência da corte portuguesa para o Brasil, a nau transportou os membros da Academia Real dos Guardas-Marinhas e o seu diretor, José Maria Dantas Pereira. A nau também era conhecida pela alcunha de Cananéia,[2] e o seu destino é desconhecido.
| Nossa Senhora do Pilar | |
|---|---|
![]() Nossa Senhora do Pilar (1763) | |
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| Nome | Nossa Senhora do Pilar |
| Operador | Marinha Portuguesa |
| Fabricante | Arsenal Real da Marinha de Lisboa |
| Lançamento | 1763 |
| Patrono | Nossa Senhora do Pilar (até 1793) Conde Dom Henrique (desde 1793) |
| Renomeado | Conde Dom Henrique (em 1793) |
| Destino | Desconhecido, 1820 |
| Nome | Conde Dom Henrique |
| Operador | Armada Imperial Brasileira |
| Características gerais | |
| Tipo de navio | Nau de linha |
| Comprimento | 62 ou 58,22 m (quilha) |
| Boca | 15,5 ou 14,33 m |
| Pontal | 10,67 m |
| Calado | 8,48 m |
| Armamento | 84 ou 74 peças |
| Tripulação | 753 homens (em 1807) |
Características
Gerais
A nau possuia 62,00, ou 58,22 metros de comprimento de quilha, 15,50 ou 14,33 metros de boca, 10,67 metros de pontal e 8,48 metros de calado.[1][2][3]
Armamento
A nau armava com 74 (ou 84)[1] peças: 28 peças de calibre 36 na primeira bateria, 28 peças de calibre 18 na segunda bateria, 10 peças de calibre 9 na tolda e 2 peças de calibre 18 e 6 peças de calibre 9 no castelo de proa.[3]
História
A nau foi construída no Arsenal Real da Marinha de Lisboa, por Manuel Vicente Nunes, e lançada ao mar em 1763.[2][3][4][5]
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Em 1793, a nau entrou no dique do Arsenal Real da Marinha de Lisboa para receber fabrico e ser modernizada, saindo de lá em 1 de Abril de 1794, rebaptizada como Conde Dom Henrique.[1][2][4][5]
Em 1807, por consequência da primeira invasão francesa de Portugal, organizou-se uma esquadra que transportou a corte portuguesa para o Brasil.[2][4][5] A nau Conde Dom Henrique era comandada pelo capitão de mar e guerra José Maria de Almeida e transportou os membros da Academia Real dos Guardas-Marinhas, incluindo o seu diretor, José Maria Dantas Pereira.[1][2][5]
Destino
Em 1820, a nau estava ancorada no porto do Rio de Janeiro, sem apresentar o menor sinal de alquebramento. Porém, a nau não regressou a Portugal.[1][4][5]
Referências
- «CONDE DOM HENRIQUE Nau - Marinha» (PDF). Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha. Consultado em 23 de Abril de 2024
- «Nau "Conde D. Henrique"». Biblioteca Central da Marinha - Arquivo Histórico. Consultado em 16 de abril de 2023
- Pereira, José Manuel Malhão (2012). História da Marinha Portuguesa (1669-1823) (PDF). Lisboa: Academia de Marinha. p. 50
- Esparteiro, António Marques (1976). Catálogo dos Navios Brigantinos (1640-1910) (PDF). Lisboa: Centro de Estudos da Marinha. p. 22
- «Bicentenário da Partida da Família Real para o Brasil» (PDF). Revista da Armada (N.º 413): p. 11. Setembro de 2007. Consultado em 16 de Abril de 2023
