Nova geografia econômica

A nova geografia econômica (do inglês new economic geography) é uma vertente econômica teórica.

Introdução

A expressão nova geografia econômica refere-se a uma mudança qualitativa no estudo teórico de/da geografia econômica que enfatiza novos aspetos como os retornos crescentes ou economias de aglomeração/economias da aglomeração.

  • os custos de transporte;
  • a "dimensão espacial" de qualquer atividade econômica;
  • os retornos crescentes "para justificar a desigual distribuição, nacional e global da actividade económica";
  • a incorporação das/de externalidades espaciais / de economias de aglomeração ("para explicar os processos de acumulação de riqueza nos lugares inicialmente favorecido pela localização de um conjunto de atividades econômicas e a importância das multinacionais").[1]

A nova geografia econômica, tenta explicar (principalmente), portanto, as chamadas economias de aglomeração" (termo/ideia/conceito(?) que se refere à proximidade geográfica com um grande mercado que permitam reduzir os custos de transporte; os benefícios da comunicação, por sua vez, deveriam ser conseguidos mediante/por/com (uma) infraestrutura adequada, spillovers tecnológicos, "cultura corporativa"(?)[erro], com a vontade de proximidade entre produtores e fornecedores ou o "imã" que tem uma indústria para atrair trabalhadores qualificados para suas empresas).[1]

Às vezes o termo "nova geografia econômica" tem um significado mais trivial e não se refere a esse salto qualitativo; por exemplo, o Relatório Mundial de/do Desenvolvimento 2009: Uma nova geografia econômica" do Banco Mundial.[2]

"Cronologia"/Autores (-chave)

Segundo Paul Krugman, os antecedentes da nova geografia econômica eram, de certa maneira, cinco tradições, entre quais:[3]

  • (um)a "geometria germânica" ("Germanic Geometry" - oposto, segundo Krugman, ao(s) "modelo(s) anglo-saxão de economia"), baseada em Alfred Weber e seus seguidores; teoria dos lugares centrais, Lösch; Walter Christaller - larga/amplamente ignorado pelos economistas mainstream, o que é criticado por Krugman. Só (?) "recuperado" por Walter Isard.
  • e, finalmente (como ultima "tradução teórica" enunciada por Krugman no seu trabalho seminal), a "causação cumulativa" ("Cumulative causation").

A mais aprimorada síntese teórica da/sobre a nova geografia economica é provavelmente o livro The Spatial Economics de Masahisa Fujita, Paul Krugman e Anthony J. Venables de 1999. Destaca-se também como base teórica o "modelo centro-periferia".[4]

O "fundador" Paul Krugman

A nova geografia econômica é, segundo Paul Krugman[5] um um novo "tipo" de pesquisa (científica, evidentemente), (frequentemente descrito/denominado como/de “nova geografia econômica”), que surgiu desde 1990 no meio neokeynesiano economista estadunidense. Trata-se de uma “vertente” que difere do “trabalho tradicional” de/da/na geografia econômica principalmente no que se refere à adoção de uma estratégia de modelar / criar modelos que explora/usa os mesmos “tricks” técnicos / técnicas que tiveram um papel tão importante no “novo comércio” (new trade) e nas “novas” teorias “do crescimento” (‘new growth’ theories); essas “técnicas” de criar modelos, enquanto que eles excluem qualquer pretensão de generalidade, permitem a construção de modelos que – diferentemente à maioria da análise espacial tradicional – correspondem completamente a um equilíbrio geral e deriva claramente o "comportamento agregado" da/desde a/a partir da maximização individual. O novo "trabalho" é altamente sugestivo, particularmente no que se refere a indicar como acasos/acidentes históricos podem reconfigurar/marcar/influenciar/determinar a geografia econômica, e como (as) mudanças graduais de/em parâmetros de base possam/podem produzir câmbios/mudanças descontínuas em/na estrutura espacial. Também serve para/como posicionar/restabelecer a análise geográfica bem/amplamente o mainstream econômico.[5]

Referências

  1. Subdirección general de estudios del sector exterior/Secretaría General de Comercio Exterior. "¿Es la «nueva» geografía económica realmente nueva?"Boletín Económico ICE, N° 2740 del 23 al 29 de septiembre de 2002.
  2. Paul Krugman. Development, Geography, and Economic Theory (Ohlin Lectures). Capítulo 2: "Geography lost and found" ("a redescoberta da geografia pelos economistas"). MIT Press, 1997. p.31-66 (?).
  3. Ricardo Machado Ruiz. "A nova geografia econômica: um barco com a lanterna na popa?", Universidade Federal de Minas Gerais, Maio de 2003.
  4. Paul Krugman. "(O) Quê há de novo na "nova geografia econômica"? Oxford Review of Economic Policy, 14, 2, 1998, p.7-17. In/Reproduzido em: Ronald L. Martin e Peter J. Sunley. Economic Geography: Critical Concepts in the Social Sciences. Volume I: The evolving project of economic geography. Londres/Nova Iorque: Routledge, 2008. p.195-209.
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