Orçamento base zero

Orçamento base zero é uma abordagem para planejamento e orçamentação que inverte a lógica tradicional do processo de orçamentação. Na orçamentação tradicional é utilizada uma abordagem incremental, na qual os gestores de departamentos justificam apenas as variações em relação aos anos anteriores, baseados na suposição de que o baseline dos anos anteriores está implicitamente aprovado. Num orçamento base zero, por outro lado, cada item do orçamento precisa ser explicitamente aprovado, e não apenas as alterações em relação ao ano anterior.[1] Durante o processo de revisão do orçamento, nenhuma referência é feita ao nível de despesas do ano anterior. O processo de orçamento base zero requer que a solicitação orçamentária seja revisada e avaliada completamente, a partir de uma "base zero". Este processo é independente do orçamento total ou de seus itens individuais aumentarem ou diminuírem em relação aos exercícios dos anos anteriores.

A expressão "orçamento base zero" é algumas vezes utilizada em finanças pessoais para descrever a prática de "orçamento de soma zero", ou seja, a prática de orçar previamente toda a renda recebida e diminuir alguma das despesas sempre que outra for aumentada.

Vantagens[1]

  • Permite uma alocação eficiente dos recursos, uma vez que a alocação é baseada nas necessidades e benefícios, e não no histórico;
  • Compete aos gestores a busca de melhorias operacionais que tenham um melhor custo x benefício;
  • Ajuda a detectar orçamentos inflacionados;
  • É útil para empresas de serviços cujos outputs sejam difíceis de identificar;
  • Aumenta a motivação do quadro de pessoal ao dar maior iniciativa e responsabilidade pela tomada de decisões;
  • Aumenta a comunicação e coordenação dentro da organização;
  • Identifica e elimina processos obsoletos ou que não agregam valor (desperdícios);
  • Identifica oportunidades de terceirização;
  • Encoraja os gestores a olhar criticamente para a forma como os serviços são prestados;
  • Os centros de custo são obrigados a identificar sua missão e sua relação com os objetivos estratégicos da organização.

Desvantagens[1]

  • Consome muito mais tempo do que a orçamentação tradicional, de base incremental;
  • Obriga a justificar cada item de despesa do orçamento, o que pode prejudicar departamentos de pesquisa e desenvolvimento enquanto departamentos de produção são beneficiados;
  • Requer treinamento específico dos gestores, devido a maior complexidade face à orçamentação tradicional;
  • Numa organização grande, a quantidade de informação necessária para suportar o processo de orçamentação base zero pode se tornar intratável;
  • A honestidade dos gestores deve ser confiável e uniforme, pois um gestor propenso a exagerar pode distorcer os resultados do orçamento.

Referências

  1. «How Zero Based Budgeting Will Help Add Extra Cash To Your Bank Account» (em inglês). Finance And Business Guide. Consultado em 25 de setembro de 2011. Arquivado do original em 2 de outubro de 2011
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