Otávio Fantoni
Otávio Fantoni (Belo Horizonte, 4 de abril de 1907 — Roma, 8 de fevereiro de 1935), conhecido como Nininho no Brasil e Fantoni II na Itália foi um futebolista ítalo-brasileiro.[1]
| Informações pessoais | ||
|---|---|---|
| Nome completo | Otávio Fantoni | |
| Data de nascimento | 4 de abril de 1907 | |
| Local de nascimento | Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil | |
| Nacionalidade | brasileiro italiano | |
| Data da morte | 8 de fevereiro de 1935 (27 anos) | |
| Local da morte | Roma, Itália | |
| Altura | 1,77 m | |
| Pé | destro | |
| Apelido | Nininho Fantoni, Fantoni II | |
| Informações profissionais | ||
| Posição | meio-campista | |
| Clubes profissionais12 | ||
| Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
| 1929–1930 1930–1935 |
Palestra Itália-MG Lazio |
108 (5) |
| Seleção nacional3 | ||
| 1934 | Itália | 1 (0) |
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Carreira
Fantoni nasceu em uma família de futebolistas cruzeirenses: era primo dos irmãos João Fantoni (Ninão), Leonízio Fantoni (Niginho) e Orlando Fantoni. Os quatro começaram a carreira no então Palestra Itália mineiro e jogariam todos na Lazio, onde ficaram conhecidos como uma dinastia: Ninão foi Fantoni I, ele foi Fantoni II, Niginho foi Fantoni III e Orlando, Fantoni IV.[2] Destes, só não jogou ao lado de Orlando, que só iniciou a carreira já após a morte de Nininho.[3]
Ele foi para o clube italiano em 1930, juntamente com Ninão, e no ano seguinte ambos receberiam a companhia de Niginho. Na Lazio, seus dois primos jogavam no ataque e ele, na meia. Além deles, a Lazio trouxe outros brasileiros na época, o que faria seu elenco ficar conhecido como Brasilazio: os corintianos Filó, De Maria, Del Debbio, Rato e Amílcar; os palestrinos paulistas Pepe, Duílio Salatin, Enzio Serafini; além de André Tedesco (do Santos) e Benedito (do Botafogo).
Dos Fantoni, apenas Nininho jogou pela Seleção Italiana:[4] a Itália sediaria a Copa do Mundo de 1934, mas teria de disputar as eliminatórias para se classificar - foi o único anfitrião que teve de submeter às eliminatórias.[5] A Azzurra jogou apenas uma partida, uma vitória de 4–0 em Milão sobre a Grécia, que abriu mão da disputa.[5] Nininho ou Fantoni II atuou naquela partida ao lado de Filó (ou "Guarisi", para os italianos), e de outros dois sul-americanos, os argentinos Enrique Guaita e Luis Monti.[5] Apesar disso, acabou não incluído entre os convocados pelo técnico Vittorio Pozzo para jogar no mundial.
Morte
Menos de um ano depois da Copa, morreria precocemente[5] em jogo contra o Torino, feriu o nariz. O machucado, aparentemente sem gravidade, não sofreu cuidados e evoluiu para uma infecção, que por sua vez gerou uma septicemia que o mataria em fevereiro de 1935. No mesmo ano, os primos Ninão e Niginho deixariam a Lazio, fugindo da convocação do exército italiano para lutarem na invasão à Abissínia.[2][6]
Referências
- «Campeã desde sempre: família italiana passa amor celeste por gerações». Globo Esporte. 5 de dezembro de 2014. Consultado em 12 de agosto de 2023
- "Tanque de guerra", Dagomir Marquezi, Placar número 1334, setembro de 2009, Editora Abril, pág. 98
- «Irmãos Fantoni abriram a porta para brasileiros dentro de times europeus». Jornal da Globo. 15 de maio de 2014. Consultado em 12 de agosto de 2023
- «Lucas Piton pré-convocado: relembre jogadores brasileiros que defenderam a seleção da Itália». Terra Esportes. 24 de março de 2023. Consultado em 12 de agosto de 2023
- "As primeiras eliminatórias", Max Gehringer, Especial Placar: A Saga da Jules Rimet fascículo 2 - 1934 Itália, outubro de 2005, Editora Abril, págs. 18-21
- «A tragédia de Nininho». Diário Celeste. 12 de abril de 2021. Consultado em 12 de agosto de 2023
