Ouida
Maria Louise Ramé, conhecida pelo pseudônimo de Ouida (Bury Saint Edmunds, 1 de Janeiro de 1839[1] – Viareggio, 25 de Janeiro de 1908) foi uma escritora britânica. Apesar de ser conhecida como Ouida, preferia ser chamada pelo nome Marie Louise de la Ramée.
| Maria Louise Ramé Marie Louise de la Ramée | |
|---|---|
![]() Ouida | |
| Pseudónimo(s) | Ouida |
| Nascimento | 1 de janeiro de 1839 Bury Saint Edmunds, Condado de Suffolk, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda |
| Morte | 25 de janeiro de 1908 (69 anos) Viareggio, Itália |
| Nacionalidade | britânica |
| Ocupação | escritora e contista |
| Gênero literário | ficção e horror |
| Magnum opus | Under Two Flags (1872) |
Escreveu mais de 40 livros na carreira, bem como contos, livros infantis e ensaios. Sendo bem-sucedida na escrita, podia viver uma vida confortável e sua casa vivia cheia de personalidades da época. Um de seus livros mais famosos, Under Two Flags, fala da presença britânica na Argélia e foi adaptada para o teatro e para o cinema várias vezes. O escritor Jack London a tinha em grande consideração. O estilo luxuoso de vida acabou levando-a à falência e seus trabalhos foram levados a leilão na esperança de pagar suas dívidas.[2]
Biografia
Maria Louise nasceu em 1839, em Bury Saint Edmunds, Condado de Suffolk.[3] Sua mãe, Susan Sutton, vinha de família de comerciantes e seu pai era francês. Seu apelido, Ouida era uma forma de se pronunciar Louise quando criança.[3]
Em 1867 mudou-se para o Hotel Langham, em Londres, onde dizia-se que escrevia na cama, à luz de velas, com as cortinas fechadas e rodeada por flores de cor púrpura. Suas contas tanto de hotel quanto de floricultura eram imensas, bem como a fila de convidados que visitavam sua suíte para os saraus literários, como Oscar Wilde, Algernon Swinburne, Robert Browning e Wilkie Collins. Muitos de seus personagens foram retirados das longas noites de conversas literárias.[4]
Por muito anos viveu em Londres, mas 1871, mudou-se para a Itália. Em 1874, instalou-se em Florença com sua mãe e lá tentou estabelecer uma carreira de escritora. Primeiro alugou um apartamento em Palazzo Vagnonville e depois se mudou para Villa Farinola, em Scandicci, pouco mais de três quilômetros de Florença, onde vivia no luxo, recebendo convidados, colecionando obras de arte, vestindo-se com roupas caras, cavalgando e tendo vários cães, os quais amava e cuidava com esmero.[4]
Escreveu não apenas obras de ficção, mas também ensaios e críticas para revistas literárias, ainda que não fosse remunerada por isso. Usava os lugares onde morava e por onde passava como locais para seus enredos em seus livros, tornando amigos queridos e parentes em personagens.[4]
Últimos anos e morte
Ainda que tenha alcançado um grande sucesso na carreira de escritora, Maria Louise gastou demais em luxos e viagens. Uma pensão lhe foi oferecida pelo primeiro-ministro, Sir Henry Campbell-Bannerman, que ela aceitou relutantemente. Vivia na Itália, onde morreu em 25 de janeiro de 1908, aos 69 anos devido a uma pneumonia. Ela foi sepultada no cemitério inglês em Bagni di Lucca.[3]
Referências
- Encyclopedia, Britannica. «Ouida.». Consultado em 15 de janeiro de 2008
- «Maria Louise Ramé» (PDF). Universidade da Flórida. Consultado em 19 de dezembro de 2019
- «Maria Louise Ramé». FreeBMD. Consultado em 19 de dezembro de 2019
- The Langham Hotel (ed.). «Ouida». Guide to The Langham Hotel. Consultado em 19 de dezembro de 2019
Ligações externas
- Obras de Ouida (em inglês) no Projeto Gutenberg
- Obras de ou sobre Ouida no Internet Archive
- Works by Ouida at The Victorian Women Writers Project
- Descrição de In Maremma (1882) na Valancourt Books
- Charles Warren Stoddard, "Ouida in Her Winter City", National Magazine, Março de 1905, p. 653
- Ouida Similes, Bartleby
