Palazzo Barberini ai Giubbonari

Palazzo Barberini ai Giubbonari, conhecido também como Casa Grande dei Barberini e Palazzo di Urbano VIII, é um palácio maneirista localizado na esquina da Via dell'Arco del Monte e a Via dei Giubbonari e com fachadas de frente para a Piazza del Monte di Pietà e o Largo dei Librari, no rione Regola de Roma[1]. Ele tem este nome para diferenciá-lo do Palazzo Barberini na Via delle Quattro Fontane, no rione Trevi, construído depois.

Fachada na Via dei Giubbonari à esquerda.

História

Fachada na Via dell'Arco del Monte com o arco em destaque. À esquerda, o Palazzo del Monte di Pietà.

Este grande palácio começou a ser construído em 1581, quando o monsenhor Francesco Barberini, protonotário apostólico, transferido para Roma vindo da Toscana, a terra natal da família, adquiriu uma pequena casa pertencente à família Scapucci, à qual rapidamente foram anexadas outras residências vizinhas numa obra de Annibale Lippi[1][2]. Em 1591, o sobrinho de Francesco, Maffeo, começou a construir a ala de frente para a Via dei Giubbonari contratando Flaminio Ponzio. Outras obras foram realizadas sob a direção de Filippo Breccioli e Carlo Maderno, responsáveis por dar ao palácio sua singular escada espiral. Quando Maffeo se tornou papa, assumindo o nome de Urbano VIII, a família se transferiu para o majestoso Palazzo Barberini na Via delle Quattro Fontane, a Casa Grande foi entregue ao seu irmão, Carlo Barberini, que deu prosseguimento às obras contratando Giovanni Maria Bonazzini[2].

Com a morte de Carlo, em 1630, o palácio passou para seu filho Taddeo, responsável pela construção da fachada na Piazza del Monte di Pietà sob a direção do arquiteto Francesco Contini (1640-1642), que deu ao palácio seu prestigioso vestíbulo e uma torre de observação. O edifício permaneceu na família Barberini até o final de 1734, quando o príncipe Francesco o vendeu para a "Cúria Geral dos Carmelitas Descalços", que transformaram o átrio numa capela, Santi Teresa e Giovanni della Croce dei Carmelitani[2], dedicada aos santos Teresa de Ávila e João da Cruz, fundadores da ordem[3].

Quando, em 1759, os carmelitas se transferiram para o Palazzo Rocci Pallavicini, a Casa Grande foi vendida ao Monte di Pietà. O edifício foi então ampliado na direção da Via dei Pettinari para abrigar os escritórios da Depositeria Generale della Camera Apostolica e do "Banco de Depósitos" sob a direção de Nicola Giansimoni (1759-1764)[1]. Para ligar o edifício ao Palazzo del Monte di Pietà foi construído um arco pedestre sobre a Via dell'Arco del Monte conhecido como Arco del Monte[2].

O átrio, que havia sido transformado na capela dos carmelitas, foi restaurado ao seu estado original em 1759, mas perdeu suas doze colunas de granito, levadas para o Bracchio Nuovo dos Museus Vaticanos. Depois da unificação da Itália, em 1870, a Casa Grande foi confiscada pela Comuna de Roma e transformou-se na sede da escola elementar estatal "Trento e Trieste", cuja entrada principal fica na Via dei Giubbonari 41. A ala de frente para a Via dell'Arco del Monte tornou-se a sede da escola secundária "Vittoria Colonna", com entrada no número 99[2].

Descrição

Hoje o exterior do edifício não tem nenhum interesse arquitetônico, mas no interior ainda estão algumas salas com a decoração original[3]. A fachada na Via dei Giubbonari tem dezesseis janelas e a na Via dell'Arco del Monte di Pietà, dezoito[2].

Ver também

Referências

  1. «Casa Grande dei Barberini» (em italiano). InfoRoma
  2. «Via dei Giubbonari» (em italiano). Roma Segreta
  3. «Monte di Pietà» (em inglês). Rome Art Lover
This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.