Palazzo Sora

Palazzo Sora, oficialmente conhecido como Palazzo Fieschi Sora, é um palácio renascentista localizado na altura do número 217 do Corso Vittorio Emanuele II, no rione Parione de Roma, ocupando todo o quarteirão entre a Via Sora e o Vicolo Savelli.[1]

Fachada original do palácio na Via Sora

História

Gravura de Giovanni Battista Falda (1655), mostrando a fachada original demolida para a construção do Corso Vittorio Emanuele II.

O Palazzo Sora foi construído no século XV para Urbano Fieschi, conde de Lavagna, num local onde antes ficavam algumas residências e uma torre pertencente aos irmãos Niccolò e Antonio Savelli.[2] Segundo Giuseppe Vasi, o autor da obra teria sido Donato Bramante, mas esta atribuição é atualmente considerada incorreta.[3]

O edifício foi depois ampliado no início do século seguinte pelo irmão de Urbano, o cardeal Nicola Fieschi. Em 1547, o edifício foi adquirido pelos Savelli e, em 1579, vendido novamente ao papa Gregório XIII, que o presenteou ao seu filho, Giacomo Boncompagni, duque de Sora, que ali viveu a partir de 1585. A partir de então o palácio passou a ser chamado "Sora" e tornou-se, por quase dois séculos, o centro de uma intensa atividade intelectual: nos salões do duque Giacomo, em cuja homenagem Cristoforo Castelletti compôs uma comédia, "Le stravaganze d'amore", foi fundada a Accademia dei Quiriti por Gian Vincenzo Gravina em 1711. Ainda no século XVIII veio a decadência: o edifício passou para o Estado Pontifício e, em 1830, foi transformado em caserna. Em 1845 a estrutura ameaçava desabar e passou por uma reforma radical, durante a qual foram descobertos dois pisos romanos em mosaico, hoje no Museu Lateranense.[2] O palácio original tinha três pisos e era flanqueado por dois torres, como revelado pelo mapa de Tempesta.[4] Contudo, a reforma foi inútil, pois com as obras para a abertura do Corso Vittorio Emanuele II (1888) foi necessário diminuir em um terço o edifício, que acabou sendo demolido e reconstruído com uma nova fachada de frente para a nova via. Se salvaram o portal, parte do pátio interno e a fachada na Via Sora. Transformado em propriedade da Comuna de Roma em 1892, o palácio abrigou o Liceo Terenzio Mamiani.[2][3] Em 1923, o Liceo se mudou para uma nova sede, na Viale delle Milizie, e o edifício foi ocupado pelo Istituto Tecnico Commerciale Vincenzo Gioberti.[1]

Descrição

A fachada com características . No piso térreo se abre um portal arqueado flanqueado por pilastras e por dez janelas arqueadas com cornijas e grades com pequenas janelas abaixo. O primeiro piso tem onze janelas flanqueadas por lesenas dóricas separando as janelas com tímpanos curvos e triangulares alternadamente.[2] No segundo piso, as janelas contam apenas com uma moldura simples e uma pequena arquitrave.[4] O ático é composto por mais dois pisos, um com janelas emolduradas e outro com janelas menores.[2]

A fachada na Via Sora preserva parcialmente a aparência original do século XV e tem a mesma aparência que a fachada de frente para o Corso Vittorio Emanuele, mas com oito janelas curvas — a primeira à esquerda transformada em portal — no piso térreo e nove no primeiro piso. O pátio interno tem arcos nos lados mais longos e um arco entre duas aberturas retangulares nos lados mais curtos.[4]

Referências

  1. «Palazzo Fieschi Sora» (em italiano). InfoRoma
  2. «Corso Vittorio Emanuele II» (em italiano). Roma Segreta
  3. «Chiesa di S. Maria in Vallicella» (em inglês). Rome Art Lover
  4. «Palazzo Fieschi Sora (Sora Palace)» (em inglês). Rome Tour
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