Peridoto

Peridoto, crisólita ou crisólito é uma variedade de forsterite, uma das formas da olivina, utilizada em ourivesaria como gema. É geralmente verde-esmeralda ou verde-claro, podendo contudo, apresentar variantes de coloração amarelo-esverdeado, verde-acastanhado ou castanho.[1]

Peridoto em bruto.
Peridotos lapidados.
Mapa dos principais países produtores no mundo

Descrição

Os cristais de peridoto são explorados pelo menos desde o início do primeiro milénio a.C. na pequena ilha de Zabargad, situada no Mar Vermelho, nas imediações da península de Ras Banas. A ilha teve o nome de Topazos, e os cruzados dedicaram-na São João (de onde o nome de São João que por vezes lhe é atribuído), mas ignoraram as suas riquezas minerais, um segredo durante muito tempo bem guardados dos estrangeiros. O jazigo de peridoto de Zabargad é historicamente o mais celebre e o mais importante. A exploração encontra-se actualmente abandonada.

São apontadas duas origens etimológicas diferentes para o vocábulo peridoto: a palavra árabe faridat, "pedra preciosa", "pérola";[2] ou, por metátese, da palavra latina paederos, derivada do grego Παιδέρως, composto de παιδός "jovem rapaz" e έρως, "amor".[3] Plínio o Velho escreveu que o "paedéros" se encontra […] à cabeça de pedras brancas […] e transformou-se, por privilégio, sinónimo de beleza […] porque reune a transparência do ao verde particular do ar.[4]

Um sinónimo de peridoto frequentemente usado em joalharia é crisólito ou crisólita.[5]

As minas de San Carlos, próximas ao rio Gila, no Arizona (Estados Unidos), são actualmente o principal produtor de peridoto.

Notas

  1. Peridoto ou olivina Arquivado em 7 de outubro de 2013, no Wayback Machine..
  2. Oxford English Dictionary: "uncertain forms and foreign appearance of the word have suggested an Oriental origin; but there appears to be no valid basis for the conjecture of its identity with Arabic faridat ‘pearl, precious stone’. (vocable Arabic)".
  3. CNRTL, péridot".
  4. Plínio o Velho, História Natural, Livro XXXVII.
  5. André Jean François Marie Brochant de Villers, Alexandre Brongniart, Frédéric Georges Cuvier, Dictionnaire des sciences naturelles, volume 9, p. 163, 1817.

Ligações externas

Galeria

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