Pintassilgo-dos-andes

O Pintassilgo-dos-andes (Spinus spinescens[1] ou Carduelis spinescens) é um passeriforme da família Fringillidae.

Pintassilgo-dos-andes

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Fringillidae
Género: Spinus
Espécie: S. spinescens
Nome binomial
'''Spinus spinescens'''
(Bonaparte, 1851)
Distribuição geográfica

Sinónimos
Carduelis spinescens

Descrição

Segundo Hilty (2003, p. 831), tem um comprimento de cerca de 10,9 cm e um peso de 11,5g. O macho tem o alto da cabeça negro, o dorso é verde-oliva, as asas são pretas com uma barra amarela, a cauda é preta com penas amarelas, o peito é amarelo-oliva, o ventre é amarelo e o uropígio é também amarelo. A fêmea tem cores mais baças do que o macho, sem a coroa negra, a cabeça e o dorso são verde-oliva, o peito é amarelo acinzentado, o ventre é amarelo esbranquiçado, as asas e a cauda são iguais às do macho. Os juvenis são parecidos com as fêmeas mas mais acinzentados.

Distribuição

Pode ser encontrado na Colômbia, Equador, e Venezuela.[2]

Taxonomia

Descoberto por Bonaparte, em 1850 (a data não é consensual, segundo a IUCN[2] é 1851, para a Avibase[3] é 1850), em Bogotá, na Colômbia., tendo-lhe dado o nome de Chrysomitris spinescens . Muito parecido com o pintassilgo-do-nordeste (Spinus yarrellii). Recentemente foi proposto incluir esta espécie nos géneros Spinus ou Sporagra, sendo atualmente classificado no género Spinus. A subespécie Spinus spinescens capitaneus (Norte da Colômbia (Sierra Nevada de Santa Marta)) deve ser incluída na subespécie nominal.[1] Consideram-se 2 subespécies.[4]

Subespécies e sua distribuição

As subespécies são muito semelhantes mas o Carduelis spinescens nigricauda tem a cauda totalmente preta.[5]

Habitat

Os seus habitats naturais são as florestas subtropicais ou tropicais de montanha, os matagais subtropicais ou tropicais de altitude e as pradarias de altitude (páramos). Frequenta também zonas cultivadas. Encontra-se entre 1800 e os 4000m de altitude[6]

Alimentação

Alimenta-se tanto no topo das árvores, como a meia altura ou mesmo no solo, sobretudo de sementes, em especial de Espeletia (Hilty, 2003, p. 831). Segundo fotos de Ottaviani (2011), consome também sementes e flores de escova-de-garrafa (Callistemon viminalis), da família Myrtaceae, de uma asterácea, Picris hieracioides, de uma liliaceae (agavaceae), Anthericum peruvianum e sementes de uma Poaceae, Anthoxanthum odoratum.

Nidificação

Reproduz-se a partir de Fevereiro, o ninho em forma de taça, é construído numa árvore ou arbusto, com raízes, ervas secas, musgos e forrado no interior com penugem animal e vegetal. A fêmea põe 3 a 5 ovos branco-esverdeado ou branco-azulado com pintas castanhas. As crias nascem ao fim de 13 dias.

Filogenia

Foi obtida por Antonio Arnaiz-Villena et al.[7][8]

Referências

  1. Frank Gill & David Donsker (Eds) (8 de janeiro de 2017). «Finches, euphonias» (em inglês). Consultado em 15 de fevereiro de 2017
  2. BirdLife International 2012. Andean Siskin Carduelis spinescens. 2013 IUCN Red List of Threatened Species. Acesso a 27-05-2014
  3. Avibase Andean siskin
  4. The Internet Bird Collection Andean-siskin. Consultado em 03 de Dezembro de 2012.
  5. TRIPOD - Siskins Of The World Siskins Of The World
  6. Zipcodezoo Carduelis spinescens
  7. Arnaiz-Villena, Antonio; Alvarez-Tejado M., Ruiz-del-Valle V., García-de-la-Torre C., Varela P, Recio M. J., Ferre S., Martinez-Laso J. (1998). «Phylogeny and rapid Northern and Southern Hemisphere speciation of goldfinches during the Miocene and Pliocene Epochs» (PDF). Cell.Mol.Life.Sci. 54(9): 1031–41
  8. Arnaiz-Villena A, Ruiz-del-Valle V, Moscoso J, Serrano Vela JI, Zamora J. (2007). «mtDNA phylogeography of North American Carduelis pinus group of birds» (PDF). Ardeola. 54: 1–14
    • Arnaiz-Villena, Antonio; Gomez-Prieto P, Ruiz-del-Valle V (2009). Phylogeography of Finches and Sparrows. [S.l.]: Nova Science. ISBN 978-1-60741-844-3. Consultado em 23 de maio de 2012. Arquivado do original em 3 de novembro de 2013
    • Hilty, Steven L. (2003). Birds of Venezuela, 2nd ed. ,Princeton University Press, Princeton, New Jersey, USA. ISBN 0-691-09250-8
    • Ottaviani, M. (2011). Monographie des Fringilles (carduélinés) – Histoire Naturelle et photographies, volume 2. Editions Prin, Ingré, France. ISBN 978-2-9091-3634-9

    Ligações externas

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