Polieucto de Constantinopla
Polieucto de Constantinopla foi o patriarca de Constantinopla entre 956 e 970. Ele é considerado um santo pela Igreja Ortodoxa, comemorado no dia 5 de fevereiro.
| Polieucto de Constantinopla | |
|---|---|
![]() Polieucto de Constantinopla | |
| Nascimento | Desconhecido Constantinopla |
| Morte | 5 de fevereiro de 970 Constantinopla |
| Cidadania | Império Bizantino |
| Ocupação | sacerdote, eunuco, monge |
| Religião | Cristianismo calcedônio |
Biografia
De um simples monge, Polieucto foi elevado ao patriarcado em 956 como sucessor do príncipe Teofilacto Lecapeno (que era filho do imperador bizantino Romano I Lecapeno) e permaneceu no trono patriarcal na capital imperial até a sua morte, em 16 de janeiro de 970 Por sua grande erudição, zelo pela fé e poder de oratória, ele foi chamado de o "segundo Crisóstomo".
Mesmo tendo recebido o cargo pelas mãos de Constantino VII, ele não mostrou-lhe muita lealdade. Ele começou questionando a legitimidade do casamento dos pais de Constantino e chegou até mesmo a restaurar o bom nome do patriarca Eutímio I, que tinha se oposto vigorosamente a esta união[1].
A princesa russa Olga de Quieve (depois Santa Olga) visitou a Constantinopla no tempo de Polieucto e durante o reinado do imperador Constantino Porfirogênito, e foi batizada ali em 957 O patriarca a batizou e o imperador foi seu padrinho. Na ocasião, Polieucto teria profetizado: "Bendita sois vós entre as russas, pois desejardes a luz e atirardes longe as trevas; os filhos da Rússia irão abençoar-te até a última geração".
Ele também elevou o bispo Pedro de Otranto à posição de metropolita, com a obrigação de estabelecer o rito bizantino por toda a sua diocese. O rito latino fora introduzido novamente após a conquista normanda e o rito bizantino permaneceria ainda em uso em algumas cidades na região até o século XVI.
Mesmo tendo apoiado sua ascensão ao trono imperial contra as maquinações de José Bringas, Polieucto excomungou Nicéforo II Focas por ter casado com Teofano [nota a] , argumentando que ele tinha sido o padrinho de um ou mais dos filhos dela. Ele tinha se recusado antes a conceder a comunhão a Nicéforo por um ano inteiro pelo pecado de ter contraído um segundo casamento. A primeira esposa do imperador já estava morta havia muitos anos quando ele se casou com Teofano, mas, sob o ponto de vista religioso majoritário no Império Romano do Oriente, especialmente no século X, casar-se novamente após a morte da primeira esposa era um pecado tolerado com muito desagrado.
Polieucto teve pelo menos a boa intenção de combater o pecado em todas as frentes. Ele excomungou também os assassinos de Nicéforo II e se recusou a coroar o novo imperador, João I Tzimisces, sobrinho do falecido (e um de seus assassinos) até que ele tivesse punido os assassinos exilado a sua amante, ninguém mais que a imperatriz Teofano, que tinha organizado a morte de seu marido.
Ver também
| Polieucto de Constantinopla (956 - 970)
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Notas
- [nota a] ^ Ela era afilhada de Constantino, foi esposa de Romano II e de Nicéforo II Focas, além de amante de João I Tzimisces. Teofano também foi a mãe de Basílio II Bulgaróctono, Constantino VIII e da princesa Ana Porfirogênita, futura esposa do príncipe Vladimir I de Quieve.
Referências
- Norwich, John Julius (1992). Byzantium, The Apogee (em inglês). New York: Alfred A. Knopf. p. 173
Ligações externas
"Otranto" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
"Trani and Barletta" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.- «Santo do dia - 5 de fevereiro» (em inglês). Neobyzantine church - liturgical calendar. Consultado em 24 de julho de 2011. Arquivado do original em 28 de setembro de 2007
