Caso oblíquo

O caso oblíquo ou caso objetivo é uma classificação de caso gramatical, usada genericamente para qualquer caso que não seja o nominativo em idiomas que expressam função gramatical mediante flexão.[1] O termo caso objetivo é frequentemente utilizado por gramáticos da língua inglesa para descreverem as marcações remanescentes no idioma (e.g. him, whom, her), derivadas do acusativo e dativo do inglês antigo ao longo do período médio.[2][3] O francês antigo e o occitano antigo tiveram desenvolvimentos semelhantes a partir do latim, hoje chamados de caso regime.[4]

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Em português

Em português, existem os seguintes pronomes pessoais do caso oblíquo, contrastados com os nominativos chamados de "caso reto".[5]

Caso reto Caso oblíquo
Oblíquo átono Oblíquo tônico
eumemimcomigo
tuteticontigo
eleoele, lheeleconsigo
sesi
elaaela, lheelaconsigo
sesi
nósnosnósconosco
vósvosvósconvosco
elesoseles, lheselesconsigo
sesi
elasaselas, lheselasconsigo
sesi
Função: Objeto direto Dativo Objeto indireto Comitativo

Os pronomes oblíquos átonos "me", "te", "nos", "vos", "o", "os", "a", "as" e "se" indicam o objeto direto e seguem regras de colocação pronominal para determinar sua colocação em relação ao verbo.

Os pronomes oblíquos tônicos "mim", "ti", "nós", "vós", "ele", "eles", "ela", "elas" e "si" são usados a seguir de qualquer preposição, exceto "com".

Os pronomes oblíquos tônicos "comigo", "contigo", "conosco", "convosco" e "consigo" indicam o caso comitativo, substituindo o uso da preposição com.

A diferença entre "se" e "si" com os demais pronomes é simples: enquanto "si" e "se" indicam voz reflexiva, "o", "a", "os", "as", "lhe" e "lhes" indicam ação ativa ou passiva.

Contrações dos átonos

Oblíquos átonos podem ser usados simultaneamente, sendo, dessa forma

me te lhe nos vos lhes
o motolhono-lovo-lolhe-lo
a matalhano-lavo-lalhe-la
os mostoslhosno-losvo-loslhe-los
as mastaslhasno-lasvo-laslhe-las

Referências

  1. Crystal, David (2008). A Dictionary of Linguistics and Phonetics 6 ed. [S.l.: s.n.] p. 337
  2. Crystal, David (2008). A Dictionary of Linguistics and Phonetics 6 ed. [S.l.: s.n.] pp. 6–7
  3. Emerson, O. F. (1915). A Middle English Reader. Nova Iorque: The MacMillan Company. pp. LXXX–LXXXII
  4. Bonnard, Henri; Régnier, Claude (1989). Petite grammaire de l'ancien français. Paris: Magnard. p. 14. ISBN 2210422094
  5. Vecchi, Cristine; Gleria, Maria I. (2007). Português para Concursos Públicos. [S.l.]: Digerati. p. 54
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