Confederação do Cordeiro Negro

A Confederação do Cordeiro Preto (em persa: قرا قویونلو; romaniz.:Kara Koyunlu ou Qara Qoyunlu; em turco: قه ره قویونلو; romaniz.:Garagoýunly) eram uma confederação [1] tribal xiita[2][3] turcomana que governou o território incluído no que hoje é a Arménia, o Azerbaijão, Azerbaijão meridional, Irã Ocidental, Turquia oriental e Iraque de cerca de 1375 até 1468.[4] De acordo com o turcólogo alemão Gerhard Doerfere, Aghkoyunlu e Garagoyunlu são turcomenos. É muito estranho que a palavra "turcomeno" ainda leve à confusão, eu vi em Leningrado que o nome da literatura Oguz no Iraque era Oguz "turcomeno"; Em qualquer caso, os "turquemenos" de Aq qoyunlu e Qaraqoyunlu são oguzes. Jeã Xá, o governante das Ovelhas Negras, escreveu poemas em turco.[5]

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قه ره قویونلو — قرا قویونلو — قرا قویونلو
Confederação do Cordeiro Preto

1374  1468

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Bandeira fictícia
Localização de Confederação do Cordeiro Preto
Localização de Confederação do Cordeiro Preto
Capital Tabriz
Língua oficial Línguas oguzes

Persa

Governo Federação tribal
Governante
 • 1374-1378 Bairã Coja
 • 1467-1468 Haçane Ali ibne Jeã Xá
História
  1374Fundação
  1468Dissolução

Como do governo dos turcomanos Qaraqoyunlu e Aqqoyunlu na região, muitas tribos turcomanas se mudaram para lá, e o restante delas estabeleceu o estado safávida no Irã.  Parte da importante herança que eles nos deram hoje é a língua oguz ou turcomano usada em certas partes da Gunchicã Anatólia - principalmente em Iguedir e Cars - ora chamada de lingua oguzes.[6]

O estabelecimento da confederação

A confederação surgiu dos elementos turcomenos empurrados para o leste pelas invasões mongóis. [1] A família reinante pertencia ao clã oguz Ivä.[1]

Os cordeiros negros estabeleceram sua capital em Herate, na Pérsia oriental.[7] O segundo representante da dinastia, Cara Maomé Tumerixe, tornou-se vassalo da Sultanato Jalaírida de Bagdá e Tabriz.[1] Ele governou Mosul. Seu filho, Cara Iúçufe, acabou se rebelando contra os jalaíridas e conquistou a independência da dinastia graças à conquista de Tabriz.[1] O núcleo de seu poder estava nos territórios ao norte dos lagos Van e Urmia, de onde eles estenderam seus domínios para o Azerbaijão e parte da Anatólia oriental.[1]

Em 1400, os exércitos do Emir Tamerlão derrotaram os cordeiros negros, e Cara Iúçufe fugiu para o Egito para buscar refúgio com os mamelucos,[1] reuniu um exército em 1406 tinha recuperado Tabriz. [1] Depois disso, a confederação se dedicou principalmente ao enfrentamento de seus rivais, a Confederação do Cordeiro Branco, com centro em Diarbaquir-, os georgianos, xás de Xirvã no Cáucaso e seus soberanos teóricos, os Timúridas da Pérsia ocidental.[1]

Em 1410, os cordeiros negros capturaram Bagdá. O estabelecimento de uma sucursal da dinastia da Confederação nesta cidade acelerou a queda dos jalaíridas, e serviu no passado. Apesar das lutas internas entre os descendentes de Cara Iúçufe, após sua morte, em 1420 e a crescente ameaça dos Timúridas, os cordeiros negros, firmemente influenciou sobre as regiões que controlavam.

O estabelecimento da confederação na Pérsia oriental e Iraque, favorecida pela população turcomana na região, acabou transformando o Azerbaijão em culturalmente turco, e marcou o fim do domínio iljânida e mostrou a incapacidade dos timúridas a dominarem essas áreas.[3]

Jeã Xá e o fim da confederação

Embora Jeã Xá tenha assinado a paz com o timúrida Xaruque Mirza, o pacto era efêmero. Quando Xaruque morreu em 1447, os cordeiros negros anexaram parte do Iraque, a costa oriental da Península Arábica e o Irã oriental, até então controlados pelos timúridas.[1]

Embora o território controlado pela Confederação tenha crescido consideravelmente durante sua administração, o reinado do Xá Jeã estava cheio de tribulações, gerados pelas transgressões de seus filhos e de conflitos com os governantes de Bagdá, que tinham a ampla autonomia-, aos que expulsou em 1464.[1]

Uma estátua com uma cabeça de ovelha em Karakoyunlu, Iğdır

Em 1466, Jeã Xá tentou tomar Diarbaquir dos cordeiros brancos. A empresa tornou-se uma falha catastrófica que resultou na morte de Jeã Xá e no fim do controle dos Turcomenos do "Carneiro Negro" do Oriente Próximo.[1] Em 1468, os cordeiros brancos - então em seu auge durante o reinado de Uzune Haçane (r. 1452–1478) - haviam debelado os cordeiros negros e conquistado o Iraque, o Azerbaijão e o oeste do Irã.[8] O filho de Jeã Xá, Haçane Ali, retornou do exílio para suceder seu pai, mas, incapaz de obter a lealdade das tropas, ele foi morto em 1478, que pôs fim à dinastia.[1]

Lista de soberanos (bei) da confederação tribal

  • Bairã Coja (r. 1374–1378);
  • Cara Maomé Turemis (r. 1378–1388), sobrinho do anterior;
  • Abu Nácer Cara Iúçufe (r. 1388–1399), filho do anterior;
  • O emir Tamerlão invade os cordeiros negros ((1400–1405));
  • Abu Nácer Cara Iúçufe (r. 1405–1420), restaurado;
  • Cara Iscandar ibne Iúçufe (r. 1420–1436), filho do anterior;
  • Ispende ibne Iúçufe (r. 1420–1445), filho de Cara Iúçufe;
  • Muzafaradim Jeã Xá ibne Iúçufe (r. 1438–1467), filho de Cara Iúçufe;
  • Haçane Ali ibne Jeã Xá (r. 1467–1468).

Referências

  1. Bosworth 1967, p. 168.
  2. Firearms of the Islamic World by Robert Elgood, p.114
  3. Bosworth 1967, p. 169.
  4. Encyclopedia Britannica. "Kara Koyunlu". Online Edition, 2007
  5. Gerhard doerfer, Turks in Iran, p.  248
  6. M. Behramnejâd, "Karakoyunlus, Akkoyunlus: Turkmen Dynasties in Iran and Anatolia", p.  14
  7. Patrick Clawson. Eternal Iran. Palgrave Macmillan. 2005 ISBN 1-4039-6276-6 p.23
  8. Stearns, Peter N.; Leonard, William (2001). The Encyclopedia of World History. [S.l.]: Houghton Muffin Books. 122 páginas. ISBN 0395652375

Bibliografia

  • Bosworth, Clifford. The New Islamic Dynasties, 1996.
  • Bosworth, Clifford Edmund (1967). The Islamic dynasties : a chronological and genealogical handbook (em inglês). [S.l.]: Edinburgh University Press. 245 páginas. OCLC 912966
  • Morby, John. The Oxford Dynasties of the World, 2002.
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