Rede Cegonha

A Rede Cegonha foi instituída pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria de nº 1.459, de 24 de junho de 2011.[1]

Caracterizada como uma rede de cuidados que visa assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudável[1], ou seja, é um conjunto de ações que tem por objetivo garantir o atendimento de qualidade, seguro e humanizada para todas as gestantes, oferecendo assistência desde o planejamento familiar, passa pelos momentos da confirmação da gravidez, do pré-natal, pelo parto, pelos 28 dias pós-parto (puerpério), cobrindo até os dois primeiros anos de vida da criança. Tudo dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).[2]

A Rede Cegonha oferece recursos para a ampliação dos serviços, como: exames de pré-natal, teste rápido de gravidez e de detecção da sífilis e HIV, para a ampliação e qualificação de leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) adulto, UCI (Unidade de Cuidado Intensivo) e UTI neonatal, leitos de gestação de alto risco assim como para a adequação da ambiência das maternidades e a construção e custeio de Centros de Parto Normal e Casas de Gestantes, Bebês e Puérperas.[2]

Princípios da Rede Cegonha:[1][2]

Alguns princípios foram estabelecidos com a portaria que instituiu a Rede Cegonha, tais como: o respeito e à proteção e a realização dos direitos humanos, o respeito à diversidade cultural, étnica e racial, a promoção da equidade, o enfoque de gênero, a garantia dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes, a participação e a mobilização social e a compatibilização com as atividades das redes de atenção à saúde materna e infantil em desenvolvimento nos Estados.[1]

Objetivos da Rede Cegonha:[1][2]

Os objetivos da Rede Cegonha são: fomentar a implementação de novo modelo de atenção à saúde da gestante e à saúde da criança com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao desenvolvimento da criança de zero aos 24 meses de vida; organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para garantir o acesso, acolhimento e resolutividade e reduzir a mortalidade materna e infantil com ênfase no componente neonatal.[1][2]


Existem quatro aspectos que compõem a Rede Cegonha, são eles:[1][3]

Legenda
  • Pré-natal
  • Parto e nascimento
  • Puerpério e atenção integral à saúde da criança
  • Sistema logístico (transporte sanitário e regulação)

Caderneta da Gestante

É um instrumento fundamental para o registro das informações de acompanhamento da gestação e deve ser parte essencial do processo de trabalho dos profissionais de saúde, sendo utilizada em todas as consultas de pré-natal realizadas pelas gestantes no SUS.[3]

As informações inseridas na caderneta apoiam o profissional no diálogo e continuidade do atendimento à gestante e nas ações de educação em saúde, comunicação com a rede, além de ajudar a gestante a registrar e esclarecer dúvidas, se preparar para o parto e a amamentação, conhecer sinais de alerta e seus direitos, entre outros.[3]

A caderneta é distribuída para todo Brasil e passa por revisões periodicamente. Sua última atualização foi realizada em 2016, quando a Caderneta da Gestante ganhou novos campos para registro de ocorrência de exantema e orientações para gestantes, visando melhor identificar sinais de alerta relacionados à possível ocorrência de infecção por Zika vírus.[3]

Referências

  1. Brasil, Ministério da Saúde (24 de junho de 2011). «PORTARIA Nº 1.459, DE 24 DE JUNHO DE 2011». Consultado em 31 de agosto de 2021
  2. Brasil, Ministério da Saúde (2013). «Conheça a Rede Cegonha» (PDF). Consultado em 31 de agosto de 2021
  3. Brasil, Ministério da Saúde (22 de outubro de 2015). «Rede Cegonha». Consultado em 31 de agosto de 2021
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