República Autônoma de Montenegro

A República Autônoma de Montenegro ou República Federal de Montenegro (em sérvio: Република Црна Гора; romaniz.:Republika Crna Gora) foi uma unidade federal da República Federal da Iugoslávia entre 1992 e 2006 e da Sérvia e Montenegro após 2003. A declaração de independência de Montenegro em 2006, levou ao colapso da união estatal com a Sérvia.



Republika Crna Gora
Република Црна Гора
República Autônoma de Montenegro

Estado membro da República Federal da Iugoslávia de 1992 a 2003 e da Sérvia e Montenegro de 2003 a 2006


1992  2006
Flag Brasão
Bandeira Brasão
Hino nacional
Oj, svijetla majska zoro


Localização de Montenegro
Localização de Montenegro
Montenegro
Montenegro
Continente Europa
Capital Podgorica
Governo República democrática parlamentarista
Presidente
 1992-1998 Momir Bulatović
 1998-2002 Milo Đukanović
 2002-2003 Filip Vujanović
 2003-2006 Filip Vujanović
Primeiro-ministro
 • 1992–1998 Milo Đukanović
 • 1998–2002 Filip Vujanović
 • 2003–2006 Milo Đukanović
História
  28 de abril de 1992Fundação
  3 de junho de 2006Dissolução
Membro de: República Federal da Iugoslávia e Sérvia e Montenegro

Após o colapso da República Socialista Federativa da Iugoslávia, as repúblicas remanescentes da Sérvia e Montenegro concordaram com a formação da "Terceira Iugoslávia" (República Federal da Iugoslávia). Montenegro foi uma república constituinte da República Federativa da Iugoslávia até 2003, quando a Iugoslávia foi reconstituída como a União Estatal da Sérvia e Montenegro, em que Montenegro se separou em 2006, tornando-se um país independente.[1]

A união com a Sérvia

No referendo de 1992, 95,66% dos votos foram a favor da manutenção do vínculo com a república da Sérvia. Note-se que a participação nestas eleições foi de apenas 66%, o que aponta para o boicote por minorias muçulmanas e católicas, assim como cidadãos que apoiaram a independência. Esses setores têm se queixado que o referendo foi organizado em condições antidemocráticas e que o governo central era responsável pelo controle da campanha eleitoral.

Em 1996, sob a presidência de Milo Djukanovic, as relações entre as duas repúblicas agravaram-se (a despeito das mudanças políticas que ocorriam na Sérvia).[1] Como resultado, a liderança política de Montenegro decidiu estabelecer uma política econômica independente, e introduziu o marco alemão como moeda oficial (moeda seria mais tarde substituída pelo euro).

O governo (seguindo as orientações do governo anterior) realizou uma série de medidas para reprimir qualquer movimento pró-independência. Algumas de suas ações foram adiar o censo de 2001 ou 2003, e adiar o referendo pela independência em diversas ocasiões.

Após a queda de Milosevic do poder em 2000, Djukanovic e o governo montenegrino exercem pressão sobre a Sérvia e à comunidade internacional para exigir o fim do que restava da Iugoslávia. Em 2002, os governos das duas entidades que compunham a federação chegaram a um novo acordo com o objetivo de melhorar a cooperação entre ambos. Assim, a República Federal da Iugoslávia daria lugar à federação chamada Sérvia e Montenegro e decidiu-se adiar a realização de um referendo até 2006, que resultaria no fim da União em 2006.[1]

Ver também

Referências

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