Ribeira de Alcântara
A ribeira de Alcântara é uma ribeira de pequena extensão, que nasce na Brandoa, concelho da Amadora, e corre pelos vales da Falagueira, Benfica e de Alcântara para desaguar no Tejo, na freguesia de Alcântara, em Lisboa. É um curso de água que se desenvolve quase exclusivamente em meio urbano.
| Ribeira de Alcântara | |
|---|---|
![]() Ribeira de Alcântara | |
![]() Mapa | |
| Comprimento | 12 km |
| Nascente | Moinhos da Funcheira e Falagueira, Amadora |
| Altitude da nascente | 150 m |
| Caudal médio | N/D m³/s |
| Foz | Tejo |
| Área da bacia | 35 km² |
| País(es) | |
O troço superior, conhecido como ribeira da Falagueira, corre a céu aberto, tendo sido requalificado em 2005 pela Câmara Municipal da Amadora. Ao longo dele podem encontrar-se algumas hortas urbanas e o Parque Urbano da Ribeira da Falagueira. Na Amadora, já canalizada, atravessa a rua Elias Garcia entre os números 121 e 123 e o Aqueduto das Águas Livres em frente ao n.º 13 da rua das Indústrias (antiga azinhaga do Bosque).
Entra em Lisboa nas Portas de Benfica, passando em sifão invertido sob o túnel da CRIL (Circular Regional Interior de Lisboa), e adquire o nome de ribeira de Benfica. Na zona de Sete Rios recebe na margem esquerda a ribeira do Lumiar, em resultado de uma provável captura fluvial.
No troço final, o vale de Alcântara constitui uma barreira natural entre a cidade de Lisboa e o Parque Florestal de Monsanto vencida, em Campolide, pelo Aqueduto das Águas Livres e mais abaixo pelo Viaduto Duarte Pacheco. Em Alcântara passava a ponte (al-qantara em árabe) que deu o nome à ribeira.
A ribeira está atualmente canalizada em toda a extensão da travessia do concelho de Lisboa, tendo os trabalhos de canalização ficado concluídos em 1967. Haviam-se iniciado ainda no séc.XIX, junto à foz (na epónima ponte) e progrediram para norte entretanto, nomeadamente com a construção da Estação Ferroviária de Alcântara-Terra, concluída em 1887.[1]
Os vales da bacia hidrográfica da ribeira de Alcântara foram de grande importância para a instalação da rede ferroviária na cidade de Lisboa (Linha de Cintura e Linha de Sintra) e dos acessos rodoviários à Ponte 25 de Abril.
É no vale de Alcântara se encontra uma das ETARes que serve a cidade de Lisboa, interceptando adutores de esgoto e de águas pluviais que seguem aproximadamente o perfil de drenagem da bacia da ribeira de Alcântara.
Galeria de imagens
"Parque Urbano da Ribeira da Falagueira"
Ribeira de Alcântara em 1912
Ribeira de Alcântara em 1912
Ribeira de Alcântara em 1912
Ribeira de Alcântara em 1912
Referências
- L. de Mendonça e Costa: “Caminho de Ferro de Lisboa a Cintra / II” Occidente 301 (1887.05.01): p.99
Ligações externas
- «Ficha da ribeira de Alcântara» (PDF). "Sociedade Portuguesa para o Desenvolvimento da Educação e do Turismo Ambientais"

