Ricardo Alexandre Ferreira

Ricardo Alexandre Ferreira (Frutal-MG, 02 de março de 1976) é um historiador e professor universitário brasileiro.

Suas atuais pesquisas se concentram na intersecção entre a escravidão africana e a construção do Estado Moderno, na Europa.


Carreira acadêmica

Ferreira se graduou em 2000 pela Unesp, campus Franca, onde também concluiu o seu mestrado, em 2003, sob a orientação de Horacio Gutiérrez, com o trabalho intitulado "Escravidão, criminalidade e cotidiano", e se doutorou, em 2006, quando, sob a tutela do mesmo orientador, escreveu a tese "Crimes em comum".[1] Em fevereiro de 2018, recebeu o título de Livre-Docente em História Moderna, com a defesa da tese "O súdito criminoso". É líder do grupo de pesquisa Leviatã e o Cativeiro (CNPq) - https://leviataeocativeiro.com.br/

Carreira literária

Além de ser autor de textos científicos publicados por editoras e revistas científicas europeias e latino-americanas, Ferreira publicou as obras “Senhores de poucos escravos” (2005), “Crimes em comum: escravidão e liberdade sob a pena do Estado imperial brasileiro” (2011), ambos pela Editora Unesp, e, em 2012 e em 2020 (edição revista)[2], com o também historiador Jean Marcel Carvalho França, a obra Três Vezes Zumbi, na qual problematiza o caráter tão difundido de "defensor dos oprimidos" do líder quilombola, afirmando que tal é apenas uma das construções históricas sobre ele produzidas ao longo dos séculos.[3]

Obras publicadas

  • Senhores de poucos escravos: cativeiro e criminalidade num ambiente rural, 1830-1888 (2005)[4]
  • Antropologia Cultural: um itinerário para futuros professores de História (2009)
  • Leituras do Passado (Org.) (2009)
  • As Áfricas e o Ensino de História no Brasil: construções de identidades afro-brasileiras durante o escravismo moderno (2010)
  • Crimes em comum: escravidão e liberdade sob a pena do Estado Imperial brasileiro (2011)[5]
  • Do outono da Idade Média à construção do mundo moderno (2012)
  • Três vezes Zumbi: a construção de um herói brasileiro (com Jean Marcel Carvalho França) (2012)[6]. Edição revista (2020)[2].
  • Etíope resgatado, empenhado, sustentado, corrigido, instruído e libertado, por Manuel Ribeiro Rocha. (Edição crítica) (com Jean Marcel Carvalho França ) (2017)[1]
  • Frutas do Brasil numa nova e ascética monarquia, consagrada à Santíssima Senhora do Rosário por António do Rosário (Edição crítica). (2021)[2][3]

Referências

  1. Ferreira, 9788539306503 / HISTORIA DO BRASIL / UNESP / Rocha, Manuel Ribeiro / França, Jean Marcel Carvalho / Ricardo Alexandre. «Livraria Unesp». www.livrariaunesp.com.br. Consultado em 22 de abril de 2017
  2. «Frutas do Brasil numa nova e ascética monarquia consagrada à Santíssima Senhora do Rosário de António do Rosário – Cultura Acadêmica». Consultado em 14 de fevereiro de 2021
  3. «Frutas como alegoria para moralização da sociedade colonial»
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