Rio Surcã Dária
O rio Surcã Dária (em usbeque: Surxondaryo; em russo: Сурхандарья; romaniz.:Surkhandarya) é um afluente pela margem direita do Amu Dária[1] que nasce no Uzbequistão na confluência dos rios Rio Karatag e Toʻpolondaryo, corre para sul ao longo de 175 km e desagua no Amu Dária em Termez (Uzbequistão), na fronteira com o Afeganistão. A sua bacia hidrográfica tem 13 500 km² e o caudal médio a 6 km da foz é 65,8 m³/s (metros cúbicos por segundo)[2] ou, segundo outras fontes, 50 m³/s.[3] Dá o nome à província uzbeque homónima.
| Rio Surcã Dária | |
|---|---|
| Surxondaryo • Surkhandarya | |
![]() Rio Surcã Dária | |
| Comprimento | 287 km |
| Nascente | Cordilheira de Gissar (parte ocidental do sistema Pamir-Alai) |
| Caudal médio | 50 m³/s |
| Caudal máximo | 390 m³/s |
| Caudal mínimo | 0 m³/s |
| Foz | Amu Dária, em Termez |
| Altitude da foz | 300 m |
| Área da bacia | 13 500 km² |
| Países | Tajiquistão e Usbequistão |
![]() Foz |
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| Coordenadas | |
Considerando o Karatag como sendo o curso superior do Surcã Dária, então o seu comprimento aumenta para 287 km e a nascente é no antigo glaciar de Diakhandara (completamente fundido desde pelo menos 1958), na cordilheira de Gissar (parte ocidental do sistema Pamir-Alai), no Tajiquistão.[2]
Geografia
O Karatag, frequentemente referenciado como sendo o curso superior do Surcã Dária, nasce nas vertentes meridionais dos montes Gissar, na região tajique de Nohiyahoi tobei Jumhurii, cerca de 50 km a noroeste da capital tajique Duchambé. Ao longo de todo o seu percurso segue a direção sul. Entra no Uzbequistão cerca de 70 km depois da nascente e atravessa praticamente toda a província de Surcã Dária, passando pela cidade de Denov, onde o seu afluente Sangardak tem a sua foz, seguindo depois para Termez, na fronteira afegã, onde desagua no Amu Dária.[carece de fontes]
Os seus principais afluentes são o Karatag, o Dachnabad, o Obizarang, o Tupalang e o Sangardak.[carece de fontes]
No seu curso superior (Karatag), o Surcã Dária é um rio muito caudaloso, alimentado pelas precipitações dos montes Gissar, sobretudo na forma de neve,[carece de fontes] o que explica que o seu caudal máximo perto da nascente ocorra em julho e agosto.[2] O seu caudal na fronteira uzbeque, medido entre 1961 e 1990, ascendia a 34 m³/s.[carece de fontes] A 6 km da foz era 68,5 m³/s[2] ou, segundo outras fontes, 50 m³/s. Em Termez chega a secar completamente no final do verão, embora o caudal máximo médio no mesmo local chegue aos 390 m³/s em abril.[3] O caudal que chega à foz é fortemente diminuído pelo facto da sua água ser intensamente usada para irrigação de vastas áreas agrícolas a norte e noroeste de Termez.[carece de fontes]
O habitat predominante no vale do Surcã Dária é constituído por tugais e canaviais, onde no passado viviam tigres-do-cáspio (extintos desde os anos 1960 ou 1970) e abundavam veados e javalis.[4]
Notas e referências
- Texto inicialmente baseado na tradução dos artigos «Surxondaryo (river)» na Wikipédia em inglês (acessado nesta versão) e «Sourkhan Daria» na Wikipédia em francês (acessado nesta versão).
- Wang, X.; Luo, Y.; Sun, L.; He, C.; Zhang, Y.; Liu, S. (2016), «Attribution of runoff decline in the Amu Darya River in Central Asia during 1951–2007», Journal of Hydrometeorology, 17 (5): 1543–1560, doi:10.1175/JHM-D-15-0114.1
- «Сурхандарья» [Surkhandarya], Grande Enciclopédia Soviética (em russo), consultado em 30 de setembro de 2020
- «Amu-Darya Basin. Station: Manguzar» (em inglês). Water Systems Analysis Group (WSAG). Earth Systems Research Center (ESRC). Institute for the Study of Earth, Oceans, and Space (EOS). Universidade de Nova Hampshire. www.compositerunoff.sr.unh.edu. Consultado em 1 de outubro de 2020
- Heptner, V. G.; Sludskii, A. A. (1992) [1972], «Tiger», Mammals of the Soviet Union. Volume II, Part 2. Carnivora (Hyaenas and Cats), Washington D.C.: Smithsonian Institution and the National Science Foundation, pp. 95–202, consultado em 30 de setembro de 2020

