Serra do Tombador

A serra do Tombador é uma serra localizada no estado da Bahia, no município de Jacobina.

Serra do Tombador
  acidente geográfico  
Serra do Tombador
Localização
Localização em mapa dinâmico
País(es)
Região geográfica
Localização
Tipo

Integra a escarpa mais a leste da Chapada Diamantina, composta por rochas sedimentares, clásticas, características da formação Tombador a que dá nome.[1]

Está situada ao largo da rodovia BR-324, "cruza diagonalmente o meridiano 40 45' W e está limitada a norte e sul pelos paralelos 110 00' e 120 00' ", de modo que está paralela à Serra de Jacobina da qual separa-se por meio de um vale.[1] É um divisor de águas entre as bacias dos rios Salitre e Itapicuru, possuindo uma extensão superior a 75 quilômetros.[2]

A serra possui registrados quarenta e um sítios arqueológicos com inscrições rupestres, ameaçadas pela exploração mineral, apesar da proteção legal a tais lugares.[2]

Geossítio

A Serra do Tombador é um geossítio aprovado pela Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos. A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais descreve o lugar como "de alto valor científico e relevância internacional, representa seção-tipo da Formação Tombador, com cerca de 1,5 km de extensão e 110 m de espessura real, ao longo da rodovia BR-324. Essa formação de idade mesoproterozoica (limite Ectasiano-Calymniano) foi depositada em discordância (não-conformidade) sobre embasamento ortognáissico paleoarqueano, marcada por um conglomerado de origem fluvial com cerca de 1 m de espessura. As litologias e estruturas sedimentares são compostas por conglomerados e arenitos de fácies eólica, fluvial e deltaica, com predominância da primeira, caracterizam um paleodeserto perfeitamente preservado. Os arenitos de origem eólica consistem de arenitos com granulometria bimodal e estratificação cruzada de grande porte, explorados como lajes para o revestimento de pisos. No seu topo, a Formação Tombador é coberta pela base da formação Caboclo (Steniano), representada por intercalações de arenitos de granulação fina e lamitos, com estruturas de carga e de contração, interpretadas como uma planície de maré, formada por uma elevação do nível do mar que transgrediu sobre a Formação Tombador. Além de seu alto valor científico, esse geossítio possui uso educativo de relevância nacional com baixo risco de degradação."[3]

Ver também

Referências

  1. Augusto J. Pedreira; Antônio José Dourado Rocha. «Serra do Tombador, Chapada Diamantina, BA: Registro de um deserto proterozoico» (PDF). SIGEP. Consultado em 13 de maio de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 16 de março de 2023
  2. Carlos Victor Rios da Silva Filho (20 de junho de 2018). «Serra do Tombador, em Jacobina-BA: Sítios Arqueológicos Ameaçados». EcoDebate. ISSN 2446-9394. Consultado em 15 de maio de 2023
  3. Antonio José Dourado Rocha. «Serra do Tombador». CPRM. Consultado em 15 de maio de 2023. Cópia arquivada em 5 de agosto de 2022
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