Jacques-Germain Soufflot

Jacques-Germain Soufflot (Irancy, 22 de julho de 1713Paris, 29 de agosto de 1780) foi um arquitecto francês, iniciador do estilo arquitectónico do Neoclassicismo.[1] O seu trabalho mais conhecido é, sem dúvida, o Panthéon (Panteão) de Paris, construído a partir de 1755, inicialmente uma igreja dedicada a Santa Genoveva.

O Panthéon, em Paris.
Jacques-Germain Soufflot
Jacques-Germain Soufflot
Nome completo Jacques-Germain Sufflot
Nascimento 22 de julho de 1713
Irancy
Morte 29 de agosto de 1780 (67 anos)
Nacionalidade Francês

Soufflot nasceu em Irancy, perto de Auxerre, na França. Com 18 anos, entrou para a Academia Francesa de Roma, onde os jovens estudantes da década de 1750 se tornariam na primeira geração de criativos plenamente neoclássicos. Ficará na Itália de 1731 a 1738. Quando voltou a França, trabalhou em Lyon, onde projectou o Hôtel-Dieu, com uma fachada de linhas castas, frente ao rio, interrompidas por uma cúpula de grandes dimensões, de base quadrada, que marca o local onde se situava uma capela, inserida no projecto, para a qual convergem as outras salas do edifício. O interior da cúpula é revestido de caixotões que, ao diminuírem de tamanho, provocam ilusões de perspectiva. A Bolsa de Lyon, ou a "Loge des Changes" é outro dos seus projectos desta época. Neste caso teve de reformular um mercado do século XVI, de forma a criar um espaço de reunião numa galeria em arcada ("loggia"). Esta nova loggia de Soufflot inovava pela severidade dos arcos limitados de forma firme e despojada pela austeridade de colunas dóricas, e sublinhada por enfáticas linhas horizontais. Em Lyon, Souflot foi, ainda, integrado da Academia local.

Soufflot voltou, entretanto a Itália, para uma viagem (de 1749 a 1750) que teve resultados mais marcantes. Acompanhado do futuro marquês de Vandière e Marigny, irmão de Madame de Pompadour, que fazia esta viagem para se instruir, de forma a cumprir as funções de Director dos Edifícios do Rei, e do desenhador e gravador Charles Cochin, visita Nápoles e Pesto, onde é um dos primeiros a visitar os seus templos dóricos recentemente descobertos. Nesta viagem interessou-se especialmente por teatros. Em 1755, Marigny, enquanto Director Geral dos Edifícios Reais, delega em Soufflot o controlo arquitectónico dos edifícios reais em Paris, como a Tesouraria de Notre-Dame, a Escola de Direito (1771-1783). e a Fonte da Cruz do Trahoir. No mesmo ano é admitido na Academia Real de Arquitectura.

O Panteão de Paris (para o qual foi escolhido como arquitecto, em detrimento de Jacques Ange Gabriel, o que o tornava "primeiro-arquitecto" do Rei) é a sua obra mais famosa, ainda que o Hotel Marigny, construído para o seu jovem patrono, de 1768 a 1771, seja considerado mais representativo do gosto pessoal deste arquitecto.

Foi sepultado no próprio Panteão.

Referências

  1. «Jacques-Germain Soufflot». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 12 de dezembro de 2019
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