Cupuí

O Theobroma subincanum ou Theobroma subincana,[2] popularmente chamado de cupuí,[3] cupuaí,[4] ou cupuaçu da mata[5][6] é o nome de uma árvore e também de seu fruto, nativos da Amazônia, pertencente a família das Malvaceae[7].

Cupuí

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malvales
Família: Malvaceae
Subfamília: Sterculioideae
Género: Theobroma L.
Espécie: T. subincanum
Nome binomial
Theobroma subincanum
Mart. 1830

Parente do cupuaçu e do cacau verdadeiro ao qual se assemelha em aparência e sabor, é menor ainda, possui polpa tirante a doce, embora careça do aroma inigualável a do seu primo próximo. Espécie silvestre, dispersa-se por todo o Amazonas e Pará, atingindo a área dos estados limítrofes, preferindo matas de terras altas e, principalmente as margens dos igarapés onde é grande a umidade do terreno.[8] Se encontra em Brasil, Colômbia, Venezuela, Equador e Peru nas bacias dos rios Orenoco e Amazonas, onde vive à sombra de outras árvores[9].

Características

É uma árvore de porte mediano de até máximo 20m de altura, a copa é multirramificada, Presenta folhas coriáceas, elíptico-oblongas de 30 cm de comprimento e 10 cm de largura. Inflorescências axilares de 1 a 3 flores, com 5 pétalas vermelhas. O fruto é elipsóide, de 7 a 11 cm de comprimento e 5 a 6cm de diâmetro, pericarpo duro e resistente, recoberto por um indumento; sementes numerosas, oblongas, 2-2,5cm, envolvidas pela polpa, branco-amarelada.[10][11]

Utilização

A fruta possui um sabor peculiar e agradável, sendo muito utilizado para a fabricação de refrescos, sorvetes, bolos, cremes e outras sobremesas, o cupuí é, também, fruto básico na alimentação dos animais da floresta, máxime os trepadores, a começar pelos macacos.[12]

Domesticação

Achava-se até pouco tempo que o cupuí e o cupuaçu eram espécies diferentes, porém uma coisa instigava os estudiosos da cultura do cupuaçu: o cupuaçu quase sempre é encontrado em locais de assentamento humano, no caso os indígenas, raramente em ambiente de floresta. O contrário era percebido, cupuí quase nunca era encontrado próximo de assentamentos humanos, mas quase sempre era encontrado na floresta. Por conta desta situação "inusitada", foram feitos estudo genéticos e se descobriu que o cupuaçu tem o mesmo genoma do cupuí e que cupuaçu é a domesticação feita pelos indígenas do cupuí.[13]

Referências

  1. Madrinan, S. & Mendoza F., J.M (2020). Theobroma subincanum (em inglês). IUCN 2020. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2020: 3.1. doi:https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2020-3.RLTS.T117764489A117765759.en Página visitada em 18 de maio de 2023.
  2. «Theobroma subincanum information from NPGS/GRIN». www.ars-grin.gov. Consultado em 25 de abril de 2011. Arquivado do original em 25 de outubro de 2012
  3. «cupuaí». Michaelis
  4. SiBBr. «Species: Theobroma subincanum (Cupuaçu Da Mata)». ala-bie.sibbr.gov.br (em inglês). Consultado em 4 de maio de 2023
  5. «Detalha Taxon Publico». reflora.jbrj.gov.br. Consultado em 4 de maio de 2023
  6. SiBBr. «Species: Theobroma subincanum (Cupuaçu Da Mata)». ala-bie.sibbr.gov.br (em inglês). Consultado em 18 de maio de 2023
  7. Nascimento, Walnice Maria Oliveira do; Carvalho, José Edmar Urano de (setembro de 2012). «Sensibilidade de sementes de Cupuí (Theobroma subincanum) à redução do grau de umidade e a exposição à baixa temperatura». Revista Brasileira de Fruticultura: 915–920. ISSN 0100-2945. doi:10.1590/S0100-29452012000300034. Consultado em 18 de maio de 2023
  8. IUCN (17 de julho de 2018). «Theobroma subincanum: Madrinan, S. & Mendoza F., J.M.: The IUCN Red List of Threatened Species 2020: e.T117764489A117765759» (em inglês). doi:10.2305/iucn.uk.2020-3.rlts.t117764489a117765759.en. Consultado em 18 de maio de 2023
  9. Sousa, Carla Samara Campelo de; Suellen Gomes; Vanessa Sousa; Diego Armando Silva; Wegliane Aparício5; Marcelino Guedes; e Perseu Aparício (2011). «Caracterização estrutural da espécie Theobroma subincanum Mart. (cupuí) na reserva extrativista do rio Cajari, Amapá- Brasil». 5o Simpósio Latino-americano sobre Manejo Florestal, p.p. 797-803 (798).
  10. «Flora e Funga do Brasil». floradobrasil.jbrj.gov.br. Consultado em 18 de maio de 2023
  11. «Caracterização estrutural da espécie Theobroma subincanum Mart (Cupuí) na reserva extrativista do Rio Cajari, Amapá-Brasil. - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 18 de maio de 2023
  12. «Cupuaçu só surgiu com a domesticação de fruto por indígenas». Jornal da USP. 23 de novembro de 2023. Consultado em 18 de dezembro de 2023
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