Trasídeo

Trasídeo ou Trasideu foi um filho de Terone, tirano de Acragas na Sicília (a moderna Agrigento), que sucedeu ao pai mas foi deposto e executado no mesmo ano.

 Nota: Para outros significados, veja Trasídeo (desambiguação).

Antecedentes

Terone, tirano de Acragas, era aliado de Gelão I, tirano de Siracusa; Gelão socorreu Terone quando este foi atacado pelos cartagineses, e derrotou os invasores, na Batalha de Hímera de 480 a.C..[1]

Tirano de Hímera

No ano da 76a olimpíada,[2][Nota 1] quando Trasídeo, filho de Terone, governava a cidade de Hímera de forma mais tirânica do que devia,[3] seus cidadãos, sem esperanças de reclamar com Terone, enviaram embaixadores da Hierão I, tirano de Siracusa, oferecendo-lhe a cidade e ajuda no ataque a Terone.[4] Hierão, irmão e sucessor de Gelão,[5] estava se preparando para a guerra contra Terone, porque Terone havia recebido como refugiado Polyzelus, irmão de Hierão,[6] que Hierão temia porque ele era muito popular em Siracusa.[7]

Hierão, porém, traiu o povo de Hímera, revelou seus planos a Terone, que prendeu e executou seus opositores e entregou Polyzenus a Hierão.[8]

Tirano de Acragas

Quatro anos depois, no ano da 77a olimpíada,[9][Nota 2] Terone morreu, após ter sido tirano por dezesseis anos,[9] e foi sucedido por seu filho Trasídeo.[10]

Terone havia governado com equidade, e recebeu grandes favores durante a vida, sendo honrado como heroi após a morte, o filho, porém, era violento e sanguinário, e após a morte do pai governou a cidade sem respeito às leis e em tirania.[10] Trasídeo organizou um exército de mercenários, com cidadãos de Acragas e Hímera, no total de 20.000 de cavalaria e infantaria,[11] e pretendia atacar Siracusa, mas Hierão montou um exército poderoso e marchou contra Acragas.[12] A batalha foi dura, e vários gregos morreram,[12] mas os siracusanos tiveram a vitória, que perderam 2.000 homens, contra 4.000 das forças de Acragas.[13]

Trasídeo, humilhado com a derrota, fugiu para Mégara, na Grécia, onde foi condenado à morte; em Acragas, foi restaurada a democracia.[13]

Notas e referências

Notas

            Referências

            1. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 20 - 24 [em linha]
            2. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 48.1 [ael/fr][en]
            3. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 48.6 [ael/fr][en]
            4. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 48.7 [ael/fr][en]
            5. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 67.3 [ael/fr][en]
            6. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 48.5 [ael/fr][en]
            7. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 48.3 [ael/fr][en]
            8. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 48.8 [ael/fr][en]
            9. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 53.1 [ael/fr][en]
            10. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 53.2 [ael/fr][en]
            11. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 53.3 [ael/fr][en]
            12. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 53.4 [ael/fr][en]
            13. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 53.5 [ael/fr][en]
            Precedido por
            Terone
            Tirano de Acragas
            472 a.C.
            Sucedido por
            democracia, seguida de
            domínio pelos cartagineses, seguido de
            Finzia
            This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.