Zé Trindade

Zé Trindade, pseudônimo de Milton da Silva Bittencourt (Salvador, 18 de abril de 1915Rio de Janeiro, 1 de maio de 1990), foi um ator, músico, poeta e comediante brasileiro de rádio, teatro, cinema e TV, famoso por jargões como "Mulheres, Cheguei!" e "Meu Negócio é Mulher".[1]

Zé Trindade
Zé Trindade
Nome completo Milton da Silva Bittencourt
Nascimento 18 de abril de 1915
Salvador, Bahia, Brasil
Morte 1 de maio de 1990 (75 anos)
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Nacionalidade brasileiro

Biografia

Nasceu em tradicional família baiana, porém, o seu pai, herdeiro de uma grande fortuna, é deserdado porque se casa com uma mulher pobre (a mãe de Milton). A sua infância, até os onze anos, foi muito sofrida. Nessa idade, se emprega como contínuo em um hotel da capital baiana e faz amizade com Jorge Amado e Dorival Caymmi, que, como os outros hóspedes do hotel, apreciam suas piadas, versos, poemas ou letras de músicas.

Em 1935, entrou para a Rádio Sociedade da Bahia, vivendo um bêbado no programa Teatro Pelos Ares e em 1937, chegou ao Rio de Janeiro, integrando o elenco de humoristas da Rádio Mayrink Veiga.

Fez sua estreia no cinema em 1947, no filme O Malandro e a Granfina e só parou em 1987, numa ponta em Um Trem para as Estrelas, perfazendo uma carreira de 38 filmes.

Participou pouco de televisão, mas chegou a atuar com Chico Anysio e na novela Feijão Maravilha (1979), do programa humorístico Balança Mas Não Cai (1982) e da minissérie Memórias de um Gigolô (1986).

Gravou 25 discos de música nordestina, com trovas e pensamentos. Foi casado com dona Cleusa e teve quatro filhos: Anayra, Regina, Ricardo e Christina.

Morreu de câncer no pulmão, em 1 de maio de 1990, no Rio de Janeiro, aos 75 anos. Foi enterrado no Cemitério de São João Batista, em Botafogo.[2]

Trabalhos

Rose Rondelli e Zé Trindade em “Pintando o Seis”, 1961. Arquivo Nacional.
No Cinema
AnoTítuloPapel
1987Um Trem para as EstrelasOliveira
1976Tem Folga na DireçãoWaldemar
1974Assim era a AtlântidaEle mesmo
1971Jesus Cristo Eu Estou AquiCoronel Piragibe
1961Bom Mesmo É CarnavalPolidoro
Mulheres, Cheguei!Zeferino
1960Marido de Mulher BoaAnacleto
Viúvo AlegrePríncipe Danilo Secundino de Oliveira
1959Entrei de GaiatoJanuário Jabotão
Mulheres à VistaJoão Flores
Massagista de MadamePolidoro
Espírito de PorcoIsidoro
1958Aguenta o RojãoMané Fogueteiro
O Batedor de CarteirasMão Leve
O Camelô da Rua LargaVicente
Na Corda Bamba
1957Garotas e Sambapai de Sérgio Carlos
Maluco por Mulher
O Negócio Foi AssimAtor dos mambembes
Rico Ri à ToaZé da Fubica
Tem Boi na LinhaZebedeu
Treze Cadeiras
1956Depois Eu ContoArmindo Menezes "Tampinha"
Genival É de Morte
Tira a Mão Daí
1955O Primo do CangaceiroJuiz Gaudêncio, de Aroeira
Trabalhou Bem Genival
O Rei do Movimento
1952O Rei do Samba
1951Meu Dia Chegará
Tocaia
Aguenta Firme, IsidoroVizinho
Anjo do LodoHomem Mau
1949InocênciaJuque
1948Fogo na Canjica
Prá Lá de Boa
O Cavalo 13
O Malandro e a Grã-fina[3]
Na Televisão
AnoTítuloPapel
1986Memórias de um GigolôBuster Keaton[4]
1968Balança Mas Não CaiVários personagens

Discografia

  • "Só mamãe votou em mim"/"Frichilin" (1954) Odeon 78
  • "Seu Gregório"/"Peixe de coco" (1955) Odeon 78
  • "Pega ladrão"/"Pro santo não" (1955) Polydor 78
  • "Quadrilha da roça"/"Taca fogo" (1956) Columbia 78
  • "Namoro de gato"/"Cara de cachorro" (1956) Columbia 78
  • "Marcha do capacho"/"Tô abilolado" (1957) Columbia 78
  • "Quadrilha no escuro"/"Festança boa" (1957) Columbia 78
  • "Meu tamanquinho"/"Eu sou Papai Noel" (1957) Columbia 78
  • "Quadrilha pra inglês ver"/"Bandinha do Mané" (1957) Columbia 78
  • "O Chevrolet do papai"/"O negócio é perguntar pela Maria" (1959) Columbia 78
  • "Leilão na roça"/"Quadrilha francesa" (1959) Columbia 78
  • "Cobra que não anda"/"Marido de mulher boa" (1959) Columbia 78
  • "Vem pro papai"/"Olhar de jacaré" (1960) Columbia 78
  • "Miquilina"/"No dia do batizado" (1960) Columbia 78
  • "Só não bebo leite"/"Eu quero é remeleixo" (1961) Columbia 78
  • "Dá para quebrar o galho"/"Alô, bicudo" (1962) CBS 78
  • "As filhas do Malaquias"/"Hoje à noite tem" (1963) CBS 78
  • "Marcha do divórcio"/"Tem que rebolar" (1963) CBS 78

Referências

  1. Zé Trindade Dicionário Cravo Albin - acessado em 5 de abril de 2015
  2. Zé Trindade Arquivado em 14 de junho de 2007, no Wayback Machine. Adoro Cinema Brasileiro - pesquisado em 26 de Outubro de 2007, às 16:20
  3. «O Malandro e a Granfina». Cinemateca Brasileira. Consultado em 25 de maio de 2019
  4. «Memórias de um Gigolô». Memória Globo. Consultado em 25 de maio de 2019

Ligações externas

This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.