Ancillariidae

Ancillariidae (nomeados, em inglês, ancilla -sing.; colocados, no século XX, entre os Olividae,[1] como subfamília Ancillinae)[6] é uma família de moluscos gastrópodes marinhos predadores,[7] classificada por William John Swainson, em 1840, e pertencente à subclasse Caenogastropoda, na ordem Neogastropoda.[3] Sua distribuição geográfica abrange principalmente os oceanos tropicais da Terra.[1][6][7][8][9]

Ancillariidae
Vista superior da concha de Eburna lienardii. Espécime de Icapuí, Ceará, Brasil. O gênero Eburna compreende espécies de Ancillariidae do oeste do oceano Atlântico, com umbílico.
Vista superior da concha de Eburna lienardii. Espécime de Icapuí, Ceará, Brasil. O gênero Eburna compreende espécies de Ancillariidae do oeste do oceano Atlântico, com umbílico.[1]
Duas conchas, expostas no Museu de História Natural de Leiden, de Amalda australis (G.B. Sowerby I, 1830), coletadas na Nova Zelândia.
Duas conchas, expostas no Museu de História Natural de Leiden, de Amalda australis (G.B. Sowerby I, 1830),[2] coletadas na Nova Zelândia.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Neogastropoda
Superfamília: Olivoidea
Família: Ancillariidae
Swainson, 1840[3]
Distribuição geográfica
Os moluscos da família Ancillariidae são particularmente bem distribuídos nas costas e oceanos das regiões de clima tropical da Terra, principalmente na região do Indo-Pacífico.
Os moluscos da família Ancillariidae são particularmente bem distribuídos nas costas e oceanos das regiões de clima tropical da Terra, principalmente na região do Indo-Pacífico.
Gêneros
ver texto
Quatro espécimes,[4] expostos no Museu de História Natural de Leiden, de Ancilla ventricosa (Lamarck, 1811); encontrada no Mar Vermelho.
Concha, exposta no Museu de História Natural de Leiden, de Ancillista cingulata (G. B. Sowerby I, 1830);[5] espécime coletado na península do Cabo York, em Queensland, no norte da Austrália.

Descrição

Compreende caramujos ou búzios de conchas cilíndrico-ovoides, mais ou menos fusiformes, pequenas ou atingindo tamanhos de pouco mais de 5 centímetros de comprimento, geralmente muito lisas e brilhantes; com espiral moderadamente alta, em muitos casos, coberta por um esmalte, em sua maioria menor do que a volta corporal; sem perióstraco; com lábio externo pouco engrossado.[1][7][8][9]

Habitat

Os animais da família Ancillariidae habitam mares e oceanos de pouca profundidade, muitas vezes em praias, alimentando-se de invertebrados e passando o dia enterrados na areia.[8]

Taxonomia

A separação entre os Ancillariidae e os Olividae, após o século XX, foi efetuada a partir de um estudo de sequenciamento de DNA, feito em 2017, para testar a filogenética molecular da superfamília Olivoidea: "Returning to the roots: morphology, molecular phylogeny and classification of the Olivoidea (Gastropoda: Neogastropoda)", publicado no Zoological Journal of the Linnean Society, Volume 180(3); páginas 493-541.[3][11]

Classificação de Ancillariidae: gêneros viventes

De acordo com o World Register of Marine Species, suprimidos os sinônimos e gêneros extintos.[3]

Alocospira Cossmann, 1899
Amalda H. Adams & A. Adams, 1853
Ancilla Lamarck, 1799
Ancillina Bellardi, 1882
Ancillista Iredale, 1936
Anolacia Gray, 1857
Eburna Lamarck, 1801
Entomoliva Bouchet & Kilburn, 1991
Exiquaspira Ninomiya, 1988
Micrancilla Maxwell, 1992
Turrancilla Martens, 1904

Referências

  1. ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 194-196. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0
  2. «Amalda australis» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2019
  3. «Ancillariidae» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2019
  4. «Ancilla ventricosa» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2019
  5. «Ancillista cingulata» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2019
  6. RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 143. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2
  7. SILVA, José António; MONTALVERNE, Gil (1980). Iniciação à Colecção de Conchas. Colecção Habitat. Lisboa, Portugal / Livraria Martins Fontes, Brasil: Editorial Presença. p. 68-69. 110 páginas
  8. LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 79-80. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3
  9. FERRARIO, Marco (1992). Guia del Coleccionista de Conchas (em espanhol). Barcelona, Espanha: Editorial de Vecchi. p. 137-139. 220 páginas. ISBN 84-315-1972-X
  10. «Ancilla cinnamomea» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2019
  11. Kantor, Yu. I.; Fedosov, A. E.; Puillandre, N.; Bonillo, C.; Bouchet, P. (1 de julho de 2017). «Returning to the roots: morphology, molecular phylogeny and classification of the Olivoidea (Gastropoda: Neogastropoda)» (em inglês). Zoological Journal of the Linnean Society, Volume 180, Issue 3. (Oxford Academic). 1 páginas. Consultado em 25 de janeiro de 2019
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