Apepi

Apepi, também 'Apepi, foi governante de alguma parte do Baixo Egito durante o Segundo Período Intermediário que reinou aproximadamente c. 1 650 a.C.. De acordo com os egiptólogos Kim Ryholt e Darrell Baker, Apepi foi o quinquagésimo primeiro governante da XIV dinastia.[1][2] Como tal, ele teria governado de Ávaris sobre o Delta Oriental do Nilo e, possivelmente, sobre o Delta Ocidental também. Alternativamente, Jürgen von Beckerath vê Apepi como um membro do final da XVI dinastia e um vassalo dos governantes hicsos da XV dinastia.[3]

 Nota: Este artigo é sobre o governante egípcio do Baixo Egito. Para o faraó da XV dinastia, veja Apófis (faraó).
Apepi
Apepi
Escaravelho do "filho do rei Apófis", que pode ser Apepi
Faraó do Egito
Reinado Duração desconhecida
Antecessor(a) 'A[...] (Ryholt e von Beckerath)
Sucessor(a) Desconhecido (Ryholt), Hibe (von Beckerath)
 
Dinastia incerto, possivelmente final da XIV dinastia (Ryholt) ou final da XVI dinastia (von Beckerath)
Titularia
Trono Ap[epi]
(Ip...)
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L2
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iA2pHASH
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Título

Atestado

O único atestado seguro de 'Apepi' é o cânone de Turim, uma lista de reis redigida no Período Raméssida. Apepi está listado em um fragmento do documento correspondente à coluna 10, linha 15 (coluna 9, linha 16, conforme a reconstrução de Alan H. Gardiner do cânone de Turim).[2] A posição cronológica de Apepi não pode ser determinada sem dúvida devido ao estado frágil e fragmentário do cânone.[2] Além disso, o documento conserva apenas o começo do prenome de 'Apepi' como "'Ap [...]". que, Ryholt argumenta, pode ser restaurado para "'Apepi".[1]

Filho do rei Apófis

A reconstrução de Ryholt do nome de Apepi é significativa porque cinco selos escaravelhos com a inscrição "Filho do rei Apófis" são conhecidos.[4][5] Em dois desses selos, a inscrição é, além disso, incluída em uma cartela e seguida por di-ˁnḫ que significa "vida dada". Esses dois atributos são normalmente reservados aos reis ou herdeiros designados ao trono e Apepi poderia ser o Apófis mencionado nos selos.[2] Confirmando provisoriamente esta atribuição, Ryholt observa que ambos os escaravelhos podem ser datados em bases estilísticas da XIV dinastia, entre os reinados de Xexi e Iacube-Har.[1]

Referências

  1. K.S.B. Ryholt: The Political Situation in Egypt during the Second Intermediate Period, c.1800–1550 BC, Carsten Niebuhr Institute Publications, vol. 20. Copenhaga: Museum Tusculanum Press, 1997, trechos disponíveis online aqui.
  2. Darrell D. Baker: The Encyclopedia of the Pharaohs: Volume I - Predynastic to the Twentieth Dynasty 3300–1069 BC, Stacey International, ISBN 978-1-905299-37-9, 2008, p. 57
  3. Jürgen von Beckerath: Handbuch der ägyptischen Königsnamen, Münchner ägyptologische Studien, Heft 49, Mainz : P. von Zabern, 1999, ISBN 3-8053-2591-6
  4. Cecil Mallaby Firth: The archaeological survey of Nubia: report for 1908-1909, 27, 59, pl. 42 [44]
  5. Frederick George Hilton Price: A catalogue of the Egyptian antiquities in the possession of F.G. Hilton Price, Londres 1897, verdisponível online Nº 171 p. 25
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