Ary Coslov

Ary Coslov, nome artístico de Ary Coslovsky (Rio de Janeiro, 10 de setembro de 1942), é um ator e diretor de novelas, teatro, cinema e televisão.[1], Também é autor, tradutor, cenógrafo, figurinista, locutor, dublador, artista plástico e desenhista.

Ary Coslov
Nome completo Ary Coslovsky
Outros nomes Ari Coslov
Apelido(s) Ary Collow
Nascimento 10 de setembro de 1942 (81 anos)
Rio de Janeiro, DF
Ocupação ator
diretor
autor
tradutor
cenógrafo
figurinista
locutor
dublador
artista plástico
desenhista
Progenitores Pai: Tel Coslovsky

Biografia

Começou a trabalhar em televisão fazendo diversas participações como ator em 1963 no programa "Grande Teatro", na TV-Rio (antes era exibido na TV-Tupi, onde estreou em 1956), sob a direção de Sérgio Britto e Fernando Torres. No cinema, atuou em filmes como O Mundo Alegre de Helô (1967), de Carlos Alberto de Souza Barros, e Anjos e Demônios (1970), de Carlos Hugo Christensen. Já dirigiu dezenas de peças de teatro, tendo recebido os prêmios Shell e APTR em 2009 por sua direção de "Traição", de Harold Pinter. Estreou como ator profissional de teatro em 1963, em "Aonde Vais, Isabel?" de Maria Inês de Almeida, no Teatro Jovem, Rio de Janeiro. Estreou na TV- Globo em 1976, como ator, na novela Escrava Isaura, de Gilberto Braga, no papel do advogado Geraldo. No ano seguinte, atuou em outra novela de época, Sinhazinha Flô, escrita por Lafayette Galvão a partir de obras de José de Alencar. Também em 1977, fez uma participação – como Jabuti – na primeira versão que a Globo fez do Sítio do Picapau Amarelo, adaptação da obra de Monteiro Lobato. Coslov estreou como diretor de televisão no seriado "Carga pesada", em 1979, na TV-Globo, e a primeira novela que dirigiu, em 1981, foi "Brilhante" de Gilberto Braga. Em 1984 foi para a TV-Manchete, recem-inaugurada, onde dirigiu a primeira obra de teledramaturgia da emissora, "Marquesa de Santos". Em 1989 dirigiu a versão peruana de "O Homem que deve Morrer", novela de Janete Clair,[2] na TV-Panamericana de Lima, Peru. Em 1990, dirigiu El Magnate, novela de Manoel Carlos,[2] nos EUA, produção da Capitalvision Productions que foi exibida no canal Telemundo (EUA) e em diversos países da América Latina. Voltou para a TV-Globo em 1991. Além de seriados, minisséries e programas de humor, já dirigiu mais de 30 novelas, como Andando nas Nuvens (2000), de Euclydes Marinho, na qual também fez uma participação como ator. Naquele ano, foi diretor de outras duas tramas: Esplendor (2000), de Ana Maria Moretzsohn, e Uga Uga (2000), de Carlos Lombardi. Nos anos seguintes, dirigiu Mulheres Apaixonadas (2003), de Manoel Carlos; Senhora do Destino (2004), de Aguinaldo Silva; Bang Bang (2005), de Mário Prata; Cobras & Lagartos, de João Emanuel Carneiro; Pé na Jaca (2006), de Carlos Lombardi; Duas Caras (2007), de Aguinaldo Silva; Caras & Bocas (2009), de Walcyr Carrasco; o remake de Ti Ti Ti (2010), assinado por Maria Adelaide Amaral a partir do original de Cassiano Gabus Mendes; Fina Estampa (2011), de Aguinaldo Silva; e Guerra dos Sexos (2012-2013), de Silvio de Abreu.

Trabalhos como diretor de televisão

Principais trabalhos como diretor de teatro

  • 1977 - "Palácio do tango" de Maria Irene Fornes
  • 1978 - "Sanduiche" de diversos autores
  • 1982 - "Brasil dourado" de Aguinaldo Silva
  • 1986 - "Pedra a tragédia" de Mauro Rasi, Vicente Pereira e Miguel Falabella
  • 1986 - "Dona Rosita a solteira" de Garcia Lorca
  • 1986 - "Ligações horrorosas" de Luis Carlos Góes
  • 1987 - "A Desinibida do Grajaú" de Sergio Porto
  • 1989 - "Tem um psicanalista na nossa cama" de João Bethencourt
  • 1992 - "Ideias intimas" de Álvares de Azevedo
  • 1996 - "A Bossa da conquista" de Ann Jellicoe
  • 2001 - "Polaroides explícitas" de Mark Ravenhill
  • 2002 - "Entre o vermute e a sopa" textos de Machado de Assis e Arthur Azevedo
  • 2003 - "O Irresistível Sr. Sloane" de Joe Orton
  • 2005 - "Em busca do homem perdido" de Bia Montez e Fatima Valença
  • 2008-2011 - "Traição" de Harold Pinter (Prêmios SHELL e APTR)
  • 2009 - "A Carpa" de Melanie Dimantas e Denise Crispum
  • 2010 - "A Varanda de Golda" de William Gibson
  • 2011 - "Por pouco" de Samuel Benchetrit
  • 2012 - "Pinteresco" - 10 textos de Harold Pinter
  • 2013 - "Fish & chips" - de Tereza Briggs-Novaes
  • 2014 - "Relações aparentes" de Alan Ayckbourn
  • 2014-2015 - "A Estufa" de Harold Pinter
  • 2016 - "Entre corvos" de Marcelo Aquino e Ary Coslov
  • 2016 - "O Amor perdoa tudo" de Fabricio Carpinejar e Claudia Tajes
  • 2016 - "Ela é o cara" de Marcio Araujo e Andrea Batitucci
  • 2017 - "Ivanov" de Anton Tchekhov
  • 2018 - "Meus Duzentos Filhos" de Miriam Halfim
  • 2018 - "O Inoportuno" de Harold Pinter
  • 2019 - "Freud e Mahler" de Miriam Halfim
  • 2020 - "Uma Relação Tão Delicada" de Loleh Bellon
  • 2022 - "O Homem do Planeta Auschwitz" de Miriam Halfim
  • 2023 - "Matar ou Morrer" de Miriam Halfim
  • 2024 - "Van Gogh Entre Corvos" de Marcelo Aquino e Ary Coslov

Trabalhos como ator de televisão e cinema

Na Televisão
AnoTítuloPersonagemNotas
1963 Grande Teatro TupiVários personagens1963-1964
1976Escrava IsauraGeraldo
1977Sítio do Picapau AmareloJabuti
Sinhazinha FlôFragoso
1978Maria, MariaArtur
A SucessoraMunhoz
1979AplausoEpisódio: "Vestido de Noiva"
1984 Marquesa de SantosMédico
1986Dona BeijaJuca
1991O Dono do MundoSálvio
FelicidadeAlfredo
1992Você DecideEpisódio: "Entre a Tempestade e a Calmaria"
1993Episódio:"Você Toda Nua"
1997Episódio: "Morte em Vida"
1999Andando nas nuvens Gregório Montana
2014 Malhação: Sonhos ele mesmo
2015Sete VidasCarlos
Malhação: Seu Lugar no Mundo
2016Ligações PerigosasJosé Alves
2019Verão 90Emílio Ribeiro
2021Passaporte para Liberdade
No Cinema
AnoTítuloPersonagem
1967O Mundo Alegre de HelôBeto
1970 Anjos e Demônios
2005Lost ZweigAlfaiate

Principais trabalhos como ator de teatro

  • 1963 - "Aonde vais, Isabel?" de Maria Inês de Almeida
  • 1963 - "Roleta paulista" de Pedro Bloch
  • 1964 - "O Hóspede inesperado" de Agatha Christie
  • 1964 - "A Tempestade" de William Shakespeare
  • 1965 - "Mortos sem sepultura" de Jean-Paul Sartre
  • 1965 - "Labirinto" de Fernando Arrabal
  • 1966 - "A Bossa da conquista" de Ann Jellicoe
  • 1967 - "Pequenos burgueses" de Maksim Gorki
  • 1967 - "Os Corruptos" de Lillian Hellman
  • 1968 - "Juventude em crise" de Ferdinand Bruckner
  • 1972 - "Tango" de Slawomir Mrozeck
  • 1974 - "Tropix" de Mossa Bildner
  • 1975 - "Titus Andronicus" de William Shakespeare
  • 1978 - "A Fila" de Israel Horowitz
  • 2010 - "Produto" de Mark Ravenhill
  • 2015 - "A Estufa" de Harold Pinter
  • 2021 - "Lá Fora, Temporal" de Marcelo Aquino
  • 2022 - "A Última Ata" de Tracy Letts

Prêmios

  • 2009 - Prêmio Shell - Melhor diretor de teatro em 2008 (por "Traição" de Harold Pinter)
  • 2009 - Prêmio APTR (Associação dos Produtores Teatrais do Rio de Janeiro) - Melhor diretor de teatro em 2008 (por "Traição")
  • 2021 - Prêmio Rosário em Cena - Melhor Ator (por "Lá Fora, Temporal")

Referências

  1. Ary Coslov Enciclopédia Itaú - acessado em 18 de julho de 2020
  2. Dannemann, Fernanda (1 de dezembro de 2002). «Brasileiros se aventuram no exterior em novelas "mexicanas"». Folha de S. Paulo. Consultado em 26 de junho de 2020

Ligações externas

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