Barragem de Miranda

A Barragem de Miranda, ou Barragem de Miranda do Douro, é uma barragem portuguesa construída sobre o leito do rio Douro que se situa muito próximo da cidade de Miranda do Douro, no distrito de Bragança, a jusante da barragem espanhola de Castro.[1]

Barragem de Miranda
Localização
Município Miranda do Douro, Distrito de Bragança
Bacia hidrográfica Douro
Rio Rio Douro
Coordenadas 41°29'20"N, 6°15'50"W
Dados gerais
Uso Energia
Data de inauguração 1960
Características
Tipo Betão, Contrafortes
Altura 80 m
Cota de coroamento 535 m
Fundação Xisto e Granito
Capacidade de geração 390 megawatt
Dados da albufeira
Capacidade total 28.100.000
Capacidade útil 6.660.000
Pleno armazenamento 528,05 m
Barragem de Miranda do Douro.

Faz a ligação entre a freguesia de Miranda do Douro, na margem direita, do lado português, com a municipalidade de Torregamones, da província de Zamora, na margem esquerda, do lado espanhol.

Faz parte do Aproveitamento Hidroeléctrico de Miranda que é o que se situa mais a montante, do lado português, no troço internacional do Rio Douro.

Encontra-se em exploração desde 1960.

Utilizando um desnível de 57 m existente entre a origem do troço internacional do Douro e a retenção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Picote, a Central de Miranda possui uma potência total de 363 MW e produz em média cerca de 1.103 GWh/ano.

A Barragem de Miranda cria uma pequena albufeira ao longo de uma extensão de 14 km, com uma capacidade máxima ao nível máximo normal de exploração, cota 528,05 m, de 28.100.000 m³, dos quais apenas cerca de 6.400.000 m³ são turbináveis em exploração normal.

Basicamente o aproveitamento compõe-se de uma barragem, munida na sua parte central de um Descarregador de Cheias, Central Subterrânea, Edifício de Comando e de Descarga e Subestação localizados na margem direita.

A Barragem, com uma altura máxima de 80 m acima das fundações, é do tipo contrafortes e está equipada, na sua parte central, com 4 vãos descarregadores providos de comportas segmento, os quais no seu conjunto permitem descarregar um máximo de 11.000 m³/s.

Na concepção inicial deste aproveitamento existia, na margem direita junto à barragem, uma Descarga Auxiliar de Superfície, actualmente desactivada, dado que a galeria que utilizava está actualmente integrada no Circuito Hidráulico do Grupo 4.

A barragem dispõe ainda de duas Descargas de Fundo constituídas, cada uma, por uma conduta metálica de 2,5 m de diâmetro que atravessa o corpo da barragem e por duas comportas comportas planas em série.

A Central de Miranda, em caverna, tem 80 m de comprimento, 19,6 m de largura e 42,7 m de altura máxima de escavação e é totalmente revestida a betão. Está equipada com 3 Grupos Geradores, constituídos cada um por uma turbina Francis de eixo vertical e de 58.400 kW, acoplada a um alternador trifásico de 60.000 kVA e com um grupo gerador constituído por uma turbina Francis de eixo vertical e de 183.000 kW, acoplada a um alternador trifásico de 210.000 kVA.

Na margem direita, junto ao coroamento da barragem (com 263,00 m) localizam-se o Edifício de Comando, no qual está centralizada toda a manobra do equipamento electro e hidromecânico e o Edifício de Descarga, que comunica com a central através de um poço de acesso de 9 m de diâmetro útil e cerca de 63 m de altura.

A Subestação de Transformação está estabelecida numa plataforma à cota 535,00 m, adjacente ao Edifício de Descarga possuindo 3 blocos de 3 Transformadores monofásicos, 15/246 kV, 3x22 MVA, e um Transformador trifásico de 210 MVA (Grupo 4) que alimentam um barramento único de 220 kV.

Energias de Portugal vendeu a barragem a um consórcio francês em dezembro de 2019.[2]

Referências

  1. «Mirandaficha». cnpgb.apambiente.pt. Consultado em 5 de agosto de 2023
  2. «EDP vende seis barragens no Douro por 2,2 mil milhões». Observador. 2019

Ligações externas

This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.