Carlo Sforza

Carlo Sforza (Lucca, 23 de setembro de 1872 - Roma, 4 de setembro de 1952) foi um diplomata e político italiano pertencente à família Sforza. Foi uma das grandes figuras morais de oposição ao fascismo italiano.[1]

Carlo Sforza

O conde Carlo IV Sforza nasceu em Lucca e era filho de Giovanni Sforza (1846-1922) di Montignoso di Lunigiana, historiador de grande talento[2] e descendente do Duque de Milão Francisco I Sforza (1401-1466), e de Elisabetta Pierantoni. Ao falecer o seu irmão mais velho, herdou o título de conde. Estudou direito em Pisa e foi aluno de Enrico Ferri e de Lodovico Mortara.

Entrou no serviço diplomático da Itália em 1896. Serviu no Cairo, Paris (1922), Istambul (embaixador em Constantinopla de 1918 a 1919), Pequim (embaixador de 1911 a 1915), Bucareste, Madrid, Londres e Belgrado e, após a Primeira Guerra Mundial, foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros no governo de Giovanni Giolitti. Em 1921, Sforza enfrentou os partidos da extrema direita mediante a assinatura do Tratado de Rapallo, que devolveu o importante porto de Fiume à Jugoslávia.

Mais tarde, Carlo IV Sforza foi nomeado embaixador na França, mas renunciou ao cargo no próprio dia em que Benito Mussolini chegou ao poder em 1922. Liderou a oposição antifascista no Senado e foi finalmente forçado ao exílio em 1926. Enquanto vivia no exílio, Sforza publicou os livros Ditaduras Europeias, Itália Contemporânea e Síntese da Europa. Afirmou que a Itália, uma nação com uma tradição tão antiga e rica, poderia dar-se ao luxo de esperar.

Sforza viveu em França até à ocupação alemã de junho de 1940. Mudou-se então para Inglaterra e depois para os Estados Unidos. Esperou a rendição da Itália em setembro de 1943 e retornou ao seu país em junho de 1944 depois de aceitar a oferta de Ivanoe Bonomi para se juntar ao seu governo antifascista provisório. Em 1946, Sforza tornou-se membro do Partido Republicano Italiano.

De novo como Ministro dos Negócios Estrangeiros (1947-1951), apoiou o Programa de Recuperação da Europa e a assinatura do Tratado de Trieste. Era um defensor convicto da política pró-europeia e um dos arquitetos da Itália pós-guerra, e com o governo De Gasperi levou a Itália a aderir ao Conselho da Europa. Em 18 de abril de 1951 assinou o Tratado que criou a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, fazendo da Itália um dos seus membros fundadores.

Referências

  1. treccani.it. «Sfòrza, Carlo nell'Enciclopedia Treccani» (em italiano). Consultado em 27 de março de 2017.
  2. (em italiano)Livio Zeno, Ritratto di Carlo Sforza, col carteggio Croce-Sforza e altri documenti inediti, Florença: Le Monnier, 1975, p.  39-40.

Ligações externas

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