Efter badet

Efter badet (em português: "Depois do Banho") é uma escultura pública, esculpida em calcário e localizada no distrito de Västertorp, na periferia de Estocolmo, capital da Suécia. A escultura foi projetada pela escultora sueca Pye Engström, que passou cinco anos trabalhando nela, entre 1971 e 1976. Desde 1976, está localizada fora do Västertorpshallen, um banho público municipal. É construído como um banco, no qual os visitantes podem sentar-se no colo de sete diferentes figuras políticas representadas por Engström. Da esquerda para a direita, são elas: Elise Ottesen-Jensen, Paulo Freire, Sara Lidman, Mao Zedong, Angela Davis, Georg Borgström e Pablo Neruda.[1][2] O site oficial do Museu da Cidade de Estocolmo afirma que a artista trabalhou diretamente na pedra de calcário, sem partir de esboços.[2]

Efter badet
Depois do Banho
Efter badet
Autor Pye Engström
Data 1976
Género Escultura
Técnica Escultura em calcário
Localização Estocolmo,  Suécia

Controvérsias

A escultura tem sido a fonte de controvérsia nos últimos anos. Em 2006, Martina Lind, uma política local do partido sueco "Liberais" propôs à Assembleia do Município de Estocolmo que a estátua fosse retirada da exibição pública, afirmando que a cidade "não deveria homenagear um dos piores assassinos em massa da história", referindo-se ao líder chinês comunista Mao Zedong.[1] Ela também pediu que monumentos dedicados às vítimas da União Soviética e da China fossem criados em Estocolmo.[3]

Em 2010, Madeleine Sjöstedt — uma proeminente política municipal, também pertencente ao Partido Liberal — chamou atenção para a obra Efter Badet novamente, e, em vez pedir sua remoção, ela exigiu que as autoridades responsáveis colocassem um sinalização ao lado da escultura, fornecendo informações sobre os "crimes contra a humanidade cometidos por Mao e pelo comunismo". O político da oposição do Partido Social-Democrata sueco, Roger Mogert, comentou que a estátua "não era um problema". A escultora Pye Engström explicou a escolha dos retratados dizendo que "eram figuras importantes da década de 1970", e mais tarde afirmou que não tinha nenhum problema com as autoridades da cidade colocando uma placa na escultura, desde que a placa fornecesse informações sobre todos os retratados na escultura.[1][4][5] A última posição adotada pela prefeitura foi a de não retirar a representação, mas colocar as placas informativas sobre cada uma das figuras retratadas.[1]

No Brasil, no período das eleições de 2018, circulou um boato de que a escultura seria uma homenagem a pessoas que mudaram a educação no mundo, referindo-se a Paulo Freire.[1] Entretanto, entre as explicações públicas dadas pela autora da obra, a principal é a de que as figuras retratadas são figuras mundiais relevantes na época em que a estátua foi feita, entre 1971 e 1976.[1] A figura de Paulo Freire é respeitada entre os países nórdicos.[1]

Ver também

Referências

  1. «Estátua de Paulo Freire na Suécia não é tributo a educadores». noticias.uol.com.br. Consultado em 15 de abril de 2019
  2. «Efter badet». www.skulptur.stockholm.se. Consultado em 15 de abril de 2019
  3. «Mao-staty upprör folkpartist» (PDF). Mitt i Söderort B (em sueco). Estocolmo. 8 de agosto de 2006. Consultado em 15 de abril de 2019
  4. Leffler, Tove (10 de agosto de 2010). «Maoskulptur upprör kulturborgarrådet». Dagens Nyheter (em sueco). Estocolmo. p. 6
  5. Leino, Per (13 de agosto de 2014). «Pye tar det med ro». Hela Gotland (em sueco). Visby. Consultado em 15 de abril de 2019
This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.