Ereira (Montemor-o-Velho)
Ereira é uma freguesia portuguesa do município de Montemor-o-Velho, com 7,26 km² de área[1] e 575 habitantes (censo de 2021)[2]. A sua densidade populacional é 79,2 hab./km².
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| Freguesia | ||||
![]() Casa do Torreão | ||||
| Localização | ||||
![]() Ereira |
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| Coordenadas | ||||
| Região | Centro | |||
| Sub-região | Região de Coimbra | |||
| Distrito | Coimbra | |||
| Município | ||||
| Código | 061014 | |||
| Administração | ||||
| Tipo | Junta de freguesia | |||
| Características geográficas | ||||
| Área total | 7,26 km² | |||
| População total (2021) | 575 hab. | |||
| Densidade | 79,2 hab./km² | |||
| Outras informações | ||||
| Orago | Santo António | |||
A freguesia foi criada pela Lei n.º 67/84, de 31 de dezembro, com lugares desanexados da freguesia de Verride.
História
Durante muitos séculos o Convento de Almiara (Verride) foi habitada por Crúzios, frades pertencentes ao convento de Santa Cruz de Coimbra, que tinham na sua posse a maior parte das terras do Baixo Mondego. Estes frades incentivavam gentes da região a arrendar grandes extensões de terra, entre elas a granja de Ereira.
Formaram-se, assim, os morgadios, cujo contrato visava que, em caso de morte do proprietário, a terra poderia ser herdada pelo filho primogénito e só por este, e em caso da sua inexistência poderia ser herdado pela filha mais velha até à existência de descendência masculina. Os proprietários tinham de manter toda a área que lhes pertencia cultivada e tinham ainda de doar aos senhores eclesiásticos a dízima, ou seja, uma décima parte das colheitas feitas, se tal não ocorresse os tributos duplicariam e as terras ser-lhe-iam retiradas.
No século XV (1414) foi erguida a primeira "habitação" na granja de Ereira, que dá pelo nome de casa do Torreão; esta era usada para recebimento de rendas e como moradia dos procuradores. Serviu depois como atelier de João de Ruão.
Nenhuma outra habitação foi construída, ou pelo menos não está descrita nem se conhece a construção, até ao século XIX. Neste século muitas coisas mudaram. Devido a vários acontecimentos nacionais, entre eles as invasões francesas e a fuga da família real para o Brasil, ocorreu em 1820 a revolução liberal; embora o liberalismo definitivo só se tenha instaurado em 1834.
Com esta revolução, eliminaram-se situações de privilégio e o monopólio de atividades económicas, libertando-se desta forma a terra e o comércio. Foram abolidas as ordens religiosas e houve nacionalização dos seus bens, aboliram-se, assim, os morgadios ou parte deles e suspenderam-se as dízimas. Foi nesta altura que o povo conseguiu adquirir pequenas parcelas de terreno que cultivava e onde construía as suas habitações."'

Demografia
A população registada nos censos foi:[2]
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| Distribuição da População por Grupos Etários[4] | ||||
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| Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
| 2001 | 72 | 89 | 376 | 177 |
| 2011 | 65 | 50 | 355 | 179 |
| 2021 | 54 | 45 | 279 | 197 |
Referências
- «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013
- Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos»
- Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
- INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022



