Espúrio Postúmio Albino (cônsul em 186 a.C.)

Espúrio Postúmio Albino (m. 179 a.C.; em latim: Spurius Postumius Albinus) foi um político da gente Postúmia da República Romana eleito cônsul em 186 a.C. com Quinto Márcio Filipo. Era primo de Aulo Postúmio Albino Lusco, cônsul em 180 a.C., Espúrio Postúmio Albino Paululo, cônsul em 174 a.C., e de Lúcio Postúmio Albino, cônsul em 173 a.C..

 Nota: Para outros significados, veja Espúrio Postúmio Albino.
Espúrio Postúmio Albino
Cônsul da República Romana
Consulado 186 a.C.
Morte 179 a.C.

Consulado (186 a.C.)

Antes de ser eleito cônsul, Albino foi pretor peregrino, em 189 a.C., responsável pelos interesses dos romanos em suas relações com estrangeiros. Em 186 a.C., foi eleito com Quinto Márcio Filipo.[1] Em seu mandato, o Senatus consultum de Bacchanalibus foi passado, reformando o culto de mistério de Baco, conhecido como "Bacanal", em Roma e nos territórios aliados na península Itálica. A nova lei conferia aos dois cônsules eleitos a missão de desmantelar a seita, destruindo seus templos, confiscando seus bens e prendendo seus líderes, além de perseguir seus adeptos.

No relato de Lívio, esta ação teria sido uma reação contra abomináveis crimes cometidos por membros do culto, que ameaçavam a República.[2][3] É mais provável, porém, que a legislação fosse uma tentativa de Postúmio, que proferiu o discurso,[4] e do Senado de impor os valores romanos tradicionais e sua autoridade coletiva sobre uma associação religiosa bem organizada e ilegal que começava a se revelar perigosamente popular, espalhada e potencialmente subversiva. A legislação foi aprovada logo depois de um período traumático e particularmente turbulento da história da cidade.[lower-alpha 1][6]

Anos finais

Postúmio foi também áugure, o que lhe dava algum grau de autoridade sobre temas religiosos. Ele morreu em 179 a.C. já em idade avançada.[7][8]

Ver também

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Marco Emílio Lépido

com Caio Flamínio

Espúrio Postúmio Albino
186 a.C.

com Quinto Márcio Filipo

Sucedido por:
Ápio Cláudio Pulcro

com Marco Semprônio Tuditano

Notas

  1. Durante a crise púnica, alguns oráculos e cultos estrangeiros floresceram em Roma, mas, em escala muito menor, fora dela também.[5]

Referências

  1. Lívio, Ab Urbe Condita XXXVII 47, 50
  2. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX 6, 11 ss.
  3. Valério Máximo VI 3. § 7; Plínio, Historia Naturalis, 33
  4. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX, 15.11.
  5. Erich S. Gruen, Studies in Greek culture and Roman policy, BRILL, 1990, pp.34-78: p.41 ff..
  6. Sarolta A. Takács, Politics and Religion in the Bacchanalian Affair of 186 B.C.E., Harvard Studies in Classical Philology, Vol. 100, (2000), p.301. ; and Beard, M., Price, S., North, J., Religions of Rome: Volume 1, a History, illustrated, Cambridge University Press, 1998, pp. 93–96.
  7. Lívio, Ab Urbe Condita XL 42.
  8. Cícero, Cato Maior de Senectute 3.

Bibliografia

Fontes primárias

Fontes secundárias

  • Broughton, T. Robert S. (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas
  • (em alemão) Fridericus Münzer: Postumius 44. In: Realencyclopädie der classischen Altertumswissenschaft (RE). Vol. XXII,1, Stuttgart 1953, Col. 921–923.
  • (em alemão) Petrus C Nadig: P. Albinus, Sp. [I 8]. In: Der Neue Pauly (DNP). Volume 10, Metzler, Stuttgart 2001, ISBN 3-476-01480-0, Pg. 223.
This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.