Galeria Narciza

Galeria Narciza é uma galeria de arte brasileira fundada pelo pintor Henrique Manzo, localizada na estrada do Pico do Jaraguá, na Zona Oeste de São Paulo. O edifício serviu como sua residência e atelier até meados dos anos 80, quando o artista faleceu.[1] A galeria fica localizada no sopé da montanha do Pico do Jaraguá e está ao lado da aldeia indígena Itakupe, uma das últimas aldeias indígenas localizadas em São Paulo.

Mural da Galeria Narciza em 2021 vista pela estrada turística do Jaraguá

O nome da galeria é uma homenagem dele a sua esposa, sua companheira durante 60 anos.[2]

Acervo

O acervo da galeria compõe-se com mais de 150 obras do pintor Henrique Manzo, entre esculturas, pinturas e objetos que o artista usava para criar suas obras.

Dentro do salão há móveis projetados pelo próprio Henrique, ainda conservados e dispostos como ele os deixou. Nas paredes são expostas caixas com proteção de vidro, dentro da qual são mostrados vários objetos utilizados pelo artista: relógios, canetas, óculos, estiletes, medalhas, metro, anéis, um panfleto da inauguração da galeria e catálogos de exposições das quais participou.[1]

A propriedade

A propriedade de Henrique Manzo, que hoje é residência de seu sobrinho Amleto e sua esposa, conta com cerca de 2.000 m2 de área, contando os dois cômodos ao lado da galeria, onde funcionava seu ateliê.[2]

Em sua fachada, é exposta uma parede enfeitada com dois painéis onde estão desenhadas 20 mulheres indígenas e duas crianças, além da inscrição: “Coral da Paz. Pintura de Henrique Manzo. Ano 1963”. O pintor faz alusão nessa cena ao contato com o povo indígena muito presente na região.

Atualmente

Servindo de residência para seu sobrinho Amleto e sua esposa há 50 anos, onde tentam preservar tudo o que o pintor deixou desde sua morte, a galeria permanece fechada a visitação há 24 anos.

Hoje em dia, a galeria conta com problemas estruturais e infiltrações. Mesmo após anos de tentativas de seu sobrinho de doar a galeria à gestão pública - o que era um desejo explícito do próprio Henrique -, a galeria continua sendo cuidada e administrada apenas pelos esforços da família de Henrique, afim de preservar a memória histórica e cultural do artista e da região.[1]

Referências

  1. Paulo, Do G1 São (8 de fevereiro de 2014). «Galeria sem reparos na Zona Norte abriga mais de 150 obras de arte». Parceiro do SP. Consultado em 21 de maio de 2023
  2. «Uma joia escondida». Jornalismo Freelance. 17 de dezembro de 2009. Consultado em 21 de maio de 2023
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