Hidróxido de ferro(II)
O hidróxido de ferro (II) ou hidróxido ferroso é um composto Insolúvel, de coloração branca. Traços de oxigênio são suficientes para torná-lo esverdeado. O processo de oxidação é rápido, também podendo gerar produtos de coloração marrom, conforme o teor de ferro (III). É o principal composto para a formação da laterita solo lixiviado, típico do cerrado brasileiro.
| Hidróxido de ferro(II) Alerta sobre risco à saúde | |
|---|---|
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| Outros nomes | hidróxido ferroso |
| Identificadores | |
| Número CAS | |
| Propriedades | |
| Fórmula molecular | Fe(OH)2 |
| Massa molar | 89,86 g/mol |
| Densidade | 3.4 g/cm3[1] |
| Solubilidade em água | insoluble |
| Riscos associados | |
| Índice UE | Not listed |
| Frases R | ferroso |
| Ponto de fulgor | Non-flammable |
| Compostos relacionados | |
| Outros aniões/ânions | óxido de ferro (II) fluoreto de ferro (II) |
| Outros catiões/cátions | Hidróxido de cobalto (II) Hidróxido de ferro (III) |
| Página de dados suplementares | |
| Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
| Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
| Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
| Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. | |
Uma das formas de obtenção do composto é através da reação entre sulfato de ferro(II) e íons hidroxila, conforme a equação abaixo.
FeSO4 + 2OH− → Fe(OH)2 + SO42−
O hidróxido de ferro (II) também tem sido investigado como um agente para a remoção de iões de selenato tóxico e selenito de sistemas de água, tais como as zonas úmidas. O hidróxido de ferro (II) reduz estes iões de selênio elementar, que são insolúveis em água e precipita para fora.[2]
Uso medicinal
O hidróxido de ferro, no tratamento da anemia por deficiência de ferro, tem os seguintes efeitos:
- Melhora da capacidade funcional e da qualidade de vida; mas dependendo de alguns casos terminais não faz tanto efeito.
- Redução da morbi-mortalidade na Insuficiência Renal Crônica;
- Otimização da dose de eritropoetina.
- Medicação classificada na gestação como fator de risco C (significa que risco para o bebê não pode ser descartado, mas um benefício potencial pode ser maior que os riscos);
- Contra-indicado em casos de hipersensibilidade (alergia) a ferro, hemocromatose, talassemia, anemia falciforme, anemia hemolítica e anemia associada a leucemias;
- Efeitos adversos locais incluem dor no local de administração, alteração da coloração da pele, inflamação local com linfadenomegalias (inguas) inguinais, dor em quadrantes inferiores abdominais;
- Toxicidade sistêmica ocorre em 0,5 a 0,8% dos casos e inclui reações que ocorrem logo após a injeção como cefaléia, dores ósteo-musculares, hemólise, taquicardia, calorões, náuseas, vômitos, broncoespasmo com dispnéia (falta de ar), hipotensão, tonturas e colapso circulatório (reações mais comuns com uso intravenoso do que intramuscular);
- Reações tardias (em relação com a administração) incluem tonturas, síncope, febre, calafrios, vermelhidão cutânea, urticária, dores pelo corpo, encefalopatia, convulsões, linfadenopatia generalizada, reação leucemóide;
- Reação anafilactóide grave com óbito pode ocorrer uma para cada 4 milhões de doses administradas;
Referências
- Pradyot Patnaik. Handbook of Inorganic Chemicals. McGraw-Hill, 2002, ISBN 0-07-049439-8
- Zingaro, Ralph A.; et al. (1997). «Reduction of oxoselenium anions by iron(II) hydroxide». Environment International (em inglês). 23 (3): 299–304. doi:10.1016/S0160-4120(97)00032-9
