Lanciere (contratorpedeiro de 1938)
O Lanciere foi um contratorpedeiro operado pela Marinha Real Italiana e a nona embarcação da Classe Soldati. Sua construção começou em fevereiro de 1937 no Cantiere navale di Riva Trigoso e foi lançado o mar em dezembro de 1938, sendo comissionado na frota italiana em março do ano seguinte.[1] Era armado com uma bateria principal de quatro canhões de 120 milímetros e seis tubos de torpedo de 533 milímetros,[2][3] tinha um deslocamento carregado de mais de duas mil toneladas e conseguia alcançar uma velocidade máxima de 35 nós (65 quilômetros por hora).[4]
| Lanciere | |
|---|---|
| Operador | Marinha Real Italiana |
| Fabricante | Cantiere navale di Riva Trigoso |
| Homônimo | Lanceiro |
| Batimento de quilha | 1º de fevereiro de 1937 |
| Lançamento | 18 de dezembro de 1938 |
| Comissionamento | 25 de março de 1939 |
| Indicativo visual | LN |
| Destino | Afundado durante tempestade em 23 de março de 1942 |
| Características gerais (como construído) | |
| Tipo de navio | Contratorpedeiro |
| Classe | Soldati |
| Deslocamento | 2 590 t (carregado) |
| Maquinário | 2 turbinas a vapor 3 caldeiras |
| Comprimento | 106,7 m |
| Boca | 10,15 m |
| Calado | 4,3 m |
| Propulsão | 2 hélices |
| - | 48 000 cv (35 300 kW) |
| Velocidade | 35 nós (65 km/h) |
| Autonomia | 2 340 milhas náuticas a 14 nós (4 330 km a 26 km/h) |
| Armamento | 4 canhões de 120 mm 8 canhões de 20 mm 6 tubos de torpedo de 533 mm 48 minas navais |
| Tripulação | 206 |
O Lanciere serviu nos primeiros anos do envolvimento da Itália na Segunda Guerra Mundial. Ele participou de várias operações de escoltas de comboio para a Campanha Norte-Africana e também esteve presente na Batalha da Calábria em julho de 1940, na Batalha de Tarento e na Batalha do Cabo Spartivento, ambas em novembro, e na Segunda Batalha de Sirte em março de 1942. A frota italiana foi pega por uma grande tempestade ao retornarem deste último confronto e o Lanciere ficou para trás e acabou afundando na manhã do dia 23 de março. Houve apenas cinco sobreviventes.[5]
Referências
- Whitley, M. J. (1988). Destroyers of World War 2: An International Encyclopedia. Annapolis: Naval Institute Press. p. 169. ISBN 1-85409-521-8
- Fraccaroli, Aldo (1968). Italian Warships of World War II. Shepperton: Ian Allan. p. 55. ISBN 0-7110-0002-6
- Gardiner, Robert; Chesneau, Roger (1980). Conway's All the World's Fighting Ships, 1922–1946. Annapolis: Naval Institute Press. p. 300. ISBN 0-85177-146-7
- Brescia, Maurizio (2012). Mussolini's Navy: A Reference Guide to the Regia Marina 1930–45. Barnsley: Seaforth. p. 128. ISBN 1-84832-115-5
- Giorgerini, Giorgio (2001). La Guerra Italiana sul Mare: la Marina Tra Vittoria e Sconfitta: 1940-1943. Milão: Mondadori. pp. 172, 185, 186, 231–243, 352–357, 465–466. ISBN 978-8-8045-0150-3