Mahamane Ousmane
Mahamane Ousmane (Zinder, n. 20 de janeiro de 1950) foi o primeiro presidente democraticamente eleito do Níger.[1] Governou o país entre 1993 e 1996.
| Mahamane Ousmane | |
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![]() Mahamane Ousmane | |
| Presidente do | |
| Período | 16 de abril de 1993 - 27 de janeiro de 1996 |
| Antecessor(a) | Ali Saibou |
| Sucessor(a) | Ibrahim Baré Maïnassara |
| Dados pessoais | |
| Nascimento | 20 de janeiro de 1950 (74 anos) Zinder, Níger |
| Partido | Convention démocratique et sociale-Rahama - CDS-Rahama |
| Profissão | político |
Depois de estudar economia monetária e financeira em França e Canadá, retornou ao Níger em 1980.
Fundador em junho de 1991 do partido político Convenção Social e Democrática (CDS), competiu como candidato presidencial nas eleições celebradas em 27 de fevereiro de 1993. Recebeu o segundo lugar, com 26,59% dos votos, superado por Tandja Mamadou do Movimento Nacional pelo Desenvolvimento da Sociedade (MNSD); no entanto, com o apoio de uma coalizão de partidos conhecida como Aliança das Forças de Mudança (AFC), Ousmane ganhou a presidência na segunda rodada, celebrada em 27 de março, obtendo 54,42% dos votos.
Presidência
Durante a primeira parte de seu governo, a AFC, que incluía ao partido de Ousmane, manteve uma maioria parlamentar. No entanto, em setembro de 1994 Ousmane ditou um decreto pelo que reduzia os poderes do primeiro-ministro. A renúncia do então ocupante deste cargo, Mahamadou Issoufou, foi acompanhada da posterior retirada de seu partido, o Partido Nigerino pela Democracia e o Socialismo (PNDS), da coalizão dirigente. Isto deixou a coalizão sem maioria parlamentar. Apesar disso, Ousmane designou seu aliado da CDs Souley Abdoulaye como primeiro-ministro, ao que o parlamento respondeu rapidamente votando uma moção de desconfiança contra o mesmo. Em consequência, convocaram-se novas eleições parlamentares para janeiro de 1995.
Essas eleições foram marcadas pela vitória da oposição, composta de uma nova aliança entre o MNSD e o PNDS, o que forçou a uma coalizão entre Ousmane e o governo encabeçado pelo premiê Hama Amadou (MNSD). Isto resultou numa aguda rivalidade entre ambos, e o governo ficou paralisado. No início de abril, Ousmane recusou-se a assistir às reuniões do Conselho de Ministros, ainda que estivesse constitucionalmente obrigado a fazê-lo, e em julho Amadou substituiu os chefes das companhias estatais, uma medida que Ousmane queria revogar. Amadou ademais tentou assumir o papel de presidente do Conselho de Ministros. As tensões continuaram em escalada, e Ousmane deixou clara sua intenção de dissolver o parlamento e convocar novas eleições depois do transcurso de um ano, uma vez que a constituição o proibia de fazê-lo antes desse prazo.
Referências
- Biografia na Encyclopædia Britannica. (em inglês)
| Precedido por Ali Saibou |
Presidente do Níger 1993 - 1996 |
Sucedido por Ibrahim Baré Maïnassara |
