Miranda (satélite)
Miranda é a menor e mais intrigante das grandes luas de Urano. Foi descoberta em 1948 por Gerald Kuiper e que lhe deu este nome em homenagem à personagem Miranda, da tragicomédia A Tempestade de William Shakespeare.[1] Possui menos de 500 km de diâmetro, sendo o segundo menor satélite de formato esférico do Sistema Solar (Mimas de Saturno é o primeiro, com 300 km). Apesar do tamanho, Miranda é o astro de maior albedo na sua região de órbita.[2]
| Miranda | |
|---|---|
| Satélite Urano V | |
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| Características orbitais | |
| Semieixo maior | 129,390 |
| Excentricidade | 0,0013 |
| Período orbital | 1,413479 |
| Velocidade orbital média | 6.66 km/s |
| Inclinação | 4,232 ° |
| Características físicas | |
| Diâmetro equatorial | 471,6 km |
| Área da superfície | 700,000 km² |
| Volume | 54.835.000 km³ |
| Massa | 6,59 ± 0,75 × 10×1019 kg |
| Densidade média | 1,20 ± 0,15 g/cm³ |
| Gravidade equatorial | 0,0079 g |
| Período de rotação | 1,413479 d (rotação síncrona) |
| Velocidade de escape | 0,193 km/s |
| Albedo | 0,32 |
| Temperatura | média: -204,2 ºC máxima: -187,2 ºC |
| Composição da atmosfera | |
| Pressão atmosférica | Inexistente |
Características Físicas

Miranda tem a superfície mais diversificada, com um relevo bizarramente deformado. Seu ambiente é marcado por depressões e penhascos profundos, zonas cheias de crateras, altas montanhas e planícies suaves. Os picos mais elevados chegam a medir entre 15 e 20 km de altura e as maiores crateras cerca de 60 km de diâmetro. A maior parte desses relevos são estruturas antigas, mas há algumas recentes. Devido a sua estranha topografia, supõe-se que Miranda teria sido atingida por um objeto com metade do volume do satélite e os estilhaços teriam criado os anéis de Urano.[3][4]
Verona Rupes
A formação topográfica mais marcante de Miranda é o penhasco de Verona Rupes. Tal anomalia foi descoberta pela sonda Voyager 2, em janeiro de 1986.[5] Segundo análises mais recentes dos cientistas, estima-se que o penhasco de Verona Rupes possua cerca de 20 km de altura, o que o torna o desfiladeiro mais alto já encontrado no Sistema Solar.[6] A título de curiosidade, devido a baixa gravidade do satélite, uma pessoa demoraria cerca 12 minutos saindo do topo até chegar ao fundo do penhasco em queda livre.[7][8]
Referências
- Kuiper, G. P., The Fifth Satellite of Uranus, Publications of the Astronomical Society of the Pacific, Vol. 61, No. 360, p. 129, June 1949
- Thomas, P. C. (1988). «Radii, shapes, and topography of the satellites of Uranus from limb coordinates». Icarus. 73 (3): 427–441. Bibcode:1988Icar...73..427T. doi:10.1016/0019-1035(88)90054-1
- Lindy Elkins-Tanton (2006). Uranus, Neptune, Pluto and the Outer Solar System. [S.l.]: Facts On File. ISBN 978-0816051977
- S. J. Desch; J. C. Cook; W. Hawley & T. C. Doggett (9 de janeiro de 2007). «Cryovolcanism on Charon and other Kuiper Belt Objects» (PDF). Lunar and Planetary Science. XXXVIII. Consultado em 28 de agosto de 2017
- «Astrogeology Science Center - Maps». www.usgs.gov. Consultado em 28 de agosto de 2021
- «SPACE.com -- Birth of Uranus' Provocative Moon Still Puzzles Scientists». web.archive.org. 9 de julho de 2008. Consultado em 28 de agosto de 2021. Cópia arquivada em 9 de julho de 2008
- «Verona Rupes - O Maior Desfiladeiro do Sistema Solar». Consultado em 28 de agosto de 2021
- «APOD: 2016 November 27 - Verona Rupes: Tallest Known Cliff in the Solar System». apod.nasa.gov. Consultado em 28 de agosto de 2021


