Novo Universo

O Novo Universo foi uma linha editorial de banda desenhada da Marvel Comics, criada em 1986 pelo então editor-chefe Jim Shooter com Archie Goodwin, Eliot R. Brown, John Morelli, Mark Gruenwald, Tom DeFalco e Michael Higgins.

História da publicação

Criada em 1986, por altura do 25º aniversário da Marvel, o então editor-chefe Jim Shooter lançou esta nova linha. Tratava-se de um universo completamente separado, com a sua própria continuidade e sem a existência de crossovers com personagens de outras linhas ou editoras. Pretendendo ser mais realista, não existiram seres mitológicos, deuses, magia, supertecnologia ou extra-terrestres.[1]

A quantidade de super-seres e super-poderes seriam também limitados, não sendo os personagens tão sensacionalistas ou perfeitos. Tal era um contraste directo com o Universo Marvel tradicional, o qual não é mais do que um espelho do mundo real no qual o conhecimento público de super-heróis, super-vilões e das suas actividades tem pouco efeito no quotidiano do cidadão comum.

A limitação dos elementos de fantasia e as actividades dos seus personagens serem pouco expostas ao público, tornou-o mais real. No entanto, este Novo Universo permitiu também eventos catastróficos, antes da sua extinção, os quais dificilmente ocorreriam no universo tradicional, como a destruição de Pittsburgh em The Pitt e a guerra com a África do Sul em The Draft e The War.

O Novo Universo não foi o sucesso esperado pela Marvel. Os críticos queixavam-se que os conceitos dos personagens eram pouco inspirados e alguns eram derivados de outros já estabelecidos, sendo Estigma, a Marca da Estrela considerado quase uma cópia do Lanterna Verde. As vendas eram baixas e em 1989 o conceito foi abruptamente encerrado, tendo no entanto existido nos meses seguintes a publicação de The War, que tentava resolver algumas pendências[2].

Posteriormente, o Novo Universo tem tido algumas aparições fugazes. Peter David introduziu Justice como o Profeta da Rede no universo Marvel 2099 e Fabian Nicieza deu um pequeno papel a Estigma em Gambit. Mark Gruenwald trouxe o Novo Universo de volta num número na revista Quasar #31, em Fevereiro de 1992, o que originou a minissérie Starblast em 1994, um crossover onde se viram as personagens do Novo Universo pela última vez. Em 2006 a Marvel anunciou que o escritor Warren Ellis e o desenhista Salvador Larroca criariam um projeto baseado no Novo Universo, chamado de newuniversal.[3]

Títulos publicados

  • Trovão (1986-1987)
  • A Marca da Estrela (Estigma) (1986-1989)
  • P.N.7(1986-1989)
  • Justice (1986-1989)
  • Torpedos (1986-1987)
  • Merc, o Cão de Guerra (1986-1987)
  • Máscara Nocturna (1986-1987)
  • Força Psi (1986-1989)
  • P.N.7 Anual (1987)
  • Merc, o Cão de Guerra Anual (1987)
  • Força Psi Anual (1987)
  • A Marca da Estrela Anual (1987)
  • The Pitt (1988)
  • The Draft (1988)
  • The War (1989-1990)

A maioria destes títulos foram publicados no Brasil pela Editora Abril. Algumas das histórias dos oito títulos principais foram publicados nas revistas Justice e Força Psi, exclusivas do Novo Universo, as quais duraram 12 números. Parte da restante saga de Estigma foi publicada na revista Superaventuras Marvel[4].

Referências

  1. Codespoti, Sérgio (2 de junho de 2015). «A breve história do Novo Universo». Universo HQ. Consultado em 5 de fevereiro de 2018
  2. «Parece Quadrinho, mas não é!». Revista Crash. 5. Editora Escala. Junho de 2007. pp. 76 a 79. ISSN 1980-8739 |coautores= requer |autor= (ajuda)
  3. Thiago Augusto (7 de agosto de 2006). «Warren Ellis e Salvador Larocca recriam o Novo Universo». Universo HQ. Cópia arquivada em 8 de junho de 2009
  4. Vinícius Schiavini (9 de dezembro de 2005). «Warren Ellis com projeto no Novo Universo». HQManiacs

Ligações externas

This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.