O Santo Mestiço

O Santo Mestiço foi uma produção da TV Globo São Paulo, com cenas externas gravadas no Rio de Janeiro.[3] A trama reiniciou a exibição de novelas no horário das sete da Rede Globo. Em 1965 - ano da inauguração da emissora -, três produções, remanescentes da TV Paulista, tinham sido apresentadas no horário - Rosinha do Sobrado, A Moreninha e Padre Tião - mas não tiveram substitutas em sequência. Portanto, O Santo Mestiço reiniciou a exibição de novelas na faixa.[4] Em São Paulo a trama foi exibida às 21h30.

Sérgio Cardoso, que fazia dois papéis na trama, teve sua experiência mais desastrosa como ator de telenovela. Isso fez com que Sérgio voltasse para a TV Tupi no mesmo ano, onde iria interpretar um dos maiores personagens da sua carreira: Antônio Maria, na novela de mesmo título. Ele fez pesadas críticas ao texto de Glória Magadan, o que abalou a posição de grande influência da novelista na dramaturgia da TV Globo.[4]

A novela era baseada na história real de São Martín de Porres, um frade dominicano nascido no Peru e o primeiro sul-americano a ser canonizado pela Igreja Católica em 1962 pelo Papa João XXIII.[5][6]

Na trama, Martinho de Porres é Padre Ramiro, um cristão caridoso que se compromete em pregar os dogmas da igreja. Uma ditadura se forma na fictícia nação onde mora, e o frade dominicano enfrenta uma forte perseguição religiosa, mas resiste e permanece no país para ajudar os fiéis.[5]

Entre seus perseguidores está Isabel, uma outra personagem importante na história. É uma mulher determinada que trabalha como tenente de uma milícia feminina. Completamente descrente, acredita que a religião era um perigo para a ditadura. Vive com a mãe Caroliny e é noiva do médico e ativista Gerardo. [7]

• O Santo Mestiço. no IMDb.