Os Deuses Estão Mortos
Os Deuses Estão Mortos é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela RecordTV, entre 8 de março a 14 de dezembro de 1971, em 242 capítulos, inaugurando o novo horário das 20h e sendo substituída por Quarenta Anos Depois. Escrita por Lauro César Muniz e dirigida por Dionísio de Azevedo.[2] Sucesso de crítica e público, a novela seguinte foi uma continuação da mesma.[3]
| Os Deuses Estão Mortos | |
|---|---|
![]() Os Deuses Estão Mortos | |
| Informação geral | |
| Formato | Telenovela |
| Gênero | |
| Duração | 45 minutos |
| Criador(es) | Lauro César Muniz |
| Elenco | |
| País de origem | |
| Idioma original | português |
| Episódios | 242 |
| Produção | |
| Diretor(es) | Dionísio Azevedo |
| Tema de abertura | "Western Theme", Francis Lai[1] |
| Exibição | |
| Emissora original | RecordTV |
| Formato de exibição | Preto e branco |
| Transmissão original | 8 de março – 14 de dezembro de 1971 |
Conta com Fúlvio Stefanini, Márcia Maria, Maria Estela, Rolando Boldrin, Lia de Aguiar, Laura Cardoso, Newton Prado e Agnaldo Rayol nos papéis principais.[4]
Produção
Após o sucesso de As Pupilas do Senhor Reitor, que liderou a audiência, Lauro César Muniz apresentou para a Record a sinopse de sua novela maia ousada, que traria boa parte das cenas gravadas em externas.[3] Considerada pela imprensa como uma "superprodução", as cenas externas foram gravadas em Santa Gertrudes relacionada à fazenda, e Paranapiacaba, relacionada à cidade antiga.[5] Segundo Rodolfo Bonventti, do Museu da TV, a novela trouxe um texto refinado e uma primorosa reconstituição da época.[5] Destacou-se por trazer um elenco extenso, algo incomum nas emissoras na época.[6] Entre os temas históricos abordados, estiveram as consequências da Lei Áurea, a Proclamação da República, o fim do Segundo reinado e a criação da República Velha.[7]
Os conflitos políticos no interior do Brasil seriam abordados novamente por Lauro César em Escalada, O Casarão, O Salvador da Pátria e Cidadão Brasileiro.[8]
Enredo
Em 1889, com o Brasil dividido entre monarquistas e republicanos, duas famílias rivais disputam o comando de Ouro Negro, interior de São Paulo. De um lado os monarquistas Almeida Santos, chefiadps pelo Barão Leôncio, um cafeicultor tradicionalista e cruel, casado com a submissa Eulália e pai do mulherengo e irresponsável Gabriel e da sonhadora Veridiana, que sempre quis estudar. Do outro lado os republicanos Lobo Ferraz, chefiados por Diogo, um médico moderno que acredita que o futuro é a República e é casado com Júlia, com quem tem dois filhos: Leonardo, que divide os ideais do pai, e Isabel, que luta pelo direito de voto das mulheres.
Verdiana se apaixona por Leonardo, que representa tudo aquilo que ela secretamente acredita, porém os dois precisam lidar com a rivalidade das famílias, especialmente a fúria do Barão e de sua mãe, a diabólica dona Leontina, que querem que a menina se case com o tradicionalista Rafael. Além disso há Quitéria, moça dissimulada apaixonada por Leonardo e disposta a tudo para se casar com ele.
Elenco
| Ator/Atriz[3] | Personagem |
|---|---|
| Fúlvio Stefanini | Leonardo Lobo Ferraz |
| Márcia Maria | Veridiana Almeida Santos |
| Maria Estela | Quitéria Dias Salles |
| Rolando Boldrin | Barão Leôncio Almeida Santos |
| Lia de Aguiar | Baronesa Eulália Almeida Santos |
| Laura Cardoso | Júlia Lobo Ferraz |
| Newton Prado | Dr. Diogo Lobo Ferraz |
| Agnaldo Rayol | Rafael Jordão |
| Márcia Real | Emília Dias Salles |
| David Netto | Genaro Dias Salles |
| Lolita Rodrigues | Eleonora Jordão |
| Rogério Márcico | Coronel Jordão |
| Carlos Augusto Strazzer | Gabriel Almeida Santos |
| Jonas Mello | Tonho Capataz |
| Linda Gay | Dona Leopoldina Almeida Santos |
| Reny de Oliveira | Isabel Lobo Ferraz |
| Nea Simões | Dona Celita |
| Sérgio Mamberti | Padre Antenor |
| Edy Cerri | Profª. Inês |
| Roberto Bolant | Leonel Reginato |
| Célia Olga | Marina Reginato |
| Luiz Carlos Braga | Delegado Fontes |
| Cláudio Mamberti | Coronel Juvenal |
| Henrique César | Dr. Genésio |
| Perry Salles | Dr. Braga |
| Adriano Stuart | Quirino |
| Irene Cruz | Tereza |
| Ivanise Sena | Marília |
| Oscar Thiede | Emanuel |
| Arnaldo Fernandes | Juca |
| João Lourenço | Paulo |
| Sacha Radovan | Albino |
| José Paulo Moutinho | Fazendinha |
| João Luiz | Tião |
| Aírton Silva | Pelezinho |
Participações especiais
| Ator/Atriz | Personagem |
|---|---|
| Amália Rodrigues | Eugênia de Castro |
| Manuel de Nóbrega | Dom Pedro II |
| Lucy Meirelles | Princesa Isabel |
Referências
- «Temas de Simplesmente Maria, Os Deuses Estão Mortos e A Fábrica». Teledramaturgia. Consultado em 4 de agosto de 2023
- FERNANDES, Ismael (1982). Memória da Telenovela Brasileira. São Paulo: Proposta Editorial. p. 55
- «Os Deuses Estão Mortos». Teledramaturgia. Consultado em 4 de agosto de 2023
- «Os Deuses Estão Mortos». novelasdobrasil. Consultado em 4 de agosto de 2023
- «Belo texto de Lauro César Muniz faz sucesso na TV Record, em 1971». Museu da TV. Consultado em 4 de agosto de 2023
- «Como Barão Leôncio, Rolando Boldrin grava a novela "Os deuses estão mortos"». rolandoboldrin.com. Consultado em 4 de agosto de 2023
- «Em 1972, impasse entre atores e diretores 'matou' novela da Record». Notícia de TV. Consultado em 4 de agosto de 2023
- «Grande novela na Record». Tribuna do Norte. Consultado em 4 de agosto de 2023
