Pernambuco Tramways

The Pernambuco Tramways & Power Company Limited foi uma empresa inglesa criada em 24 de janeiro de 1913, em Londres, com a finalidade de instalar e operar linhas de bondes elétricos no Recife, Pernambuco[1]

Paralelamente à concessão do serviço de bondes, a empresa também explorou a distribuição de energia elétrica no Recife.

Bondes

Em 13 de maio de 1914 foi inaugurada a primeira linha de bondes elétricos do Recife, ligando o bairro do Recife (que era uma península) ao da Boa Vista, atravessando toda a ilha correspondente ao bairro de Santo Antônio.

Até então, o Recife era servido por bondes a vapor (Maxambombas), que substituíram os com tração animal, operados pela Pernambuco Street Railway Company, desde 1883[1].

A substituição desses bondes por veículos elétricos foi gradual e em 1922 deixaram de transitar os veículos a vapor.

Em 1920, com 130 veículos motorizados, 110 reboques e 141 km de linhas, o sistema de bondes elétricos do Recife era o terceiro maior do Brasil.

O sistema de bondes foi desativado e o último veículo trafegou em 1954, indo do bairro do Recife ao da Madalena.

Porém, a Pernambuco Tramways foi acusada de quebra de contrato e instada a restaurar o sistema de linhas de bondes, o que foi parcialmente feito, com um bonde diário do bairro da Boa Vista até Beberibe.

Energia elétrica

Em 27 de outubro de 1913 o governo de Pernambuco assinou contrato com a Pernambuco Tramways para fornecimento de energia elétrica residencial e iluminação pública.[2]

A energia elétrica era fornecida por máquinas geradoras da companhia concessionária.

Em 1 de dezembro de 1954 o Recife passou a receber energia elétrica gerada pela usina hidrelétrica de Paulo Afonso, da Chesf - Companhia Hidro-elétrica do São Francisco, que só iria ser inaugurada oficialmente em 1955 pelo então presidente Café Filho.

Mudança de controle acionário

Em 1928 a General Electric Company[nota 1] comprou a Pernambuco Tramways. O sistema operado foi ampliado e melhorado.

Encerramento de atividades

Em 23 de maio de 1968 o presidente Artur da Costa e Silva assinou o decreto 62761 declarando definitivamente encerrado o contrato entre o governo de Pernambuco e a Pernambuco Tramways para exploração da concessão de transporte de passageiros por bonde e de distribuição de energia elétrica. Esta concessão (com o acervo da companhia) passou à empresa estatal criada para tal fim, Companhia de Eletricidade de Pernambuco - Celpe.[4][5]

A Companhia de Transportes Urbanos, empresa municipal, passou a oferecer transporte coletivo em ônibus elétricos[6].

Algumas linhas férreas utilizadas pelos bondes foram, a partir de 1985 aproveitadas para a instalação e funcionamento do Metrô do Recife.

Ligações externas

Notas e referências

Notas

  1. A General Electric Company havia incorporado, em 1905, a Electric Bond & Share Corporation que, através de sua subsidiária American Foreign Power (AMFORP), exploraria o setor de transporte público por bondes elétricos em várias cidades brasileiras.[3]

            Referências

            1. PEDROSA, Tales de lima - Tramways: Modernidade e resistência. In: Revista Rural & Urbano Nº 1, 2016 (pdf)
            2. Almanaque Centenário - Impresna Oficial do Estado de Pernambuco
            3. GONÇALVES JÚNIOR, Dorival. Reestruturação do setor elétrico brasileiro - Estratégia de retomada da taxa de acumulação de capital?. São Paulo: USP - PIPGE, 2002 (em pdf)
            4. Decreto 62761, de 23 de maio de 1968
            5. Bússola do Investidor
            6. Urbana PE
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