Rinaldo Martino

Martino iniciou sua carreira esportiva nas categorias de base do Peñarol de Rosário e do Club Belgrano, antes de ser contratado pelo San Lorenzo de Almagro, em 1941, destacando-se pelos seus dribles desconcertantes. No ano seguinte, foi o artilheiro da temporada, com 25 gols.[1] Integrou, juntamente com René Pontoni e Armando Farro, o chamado El Terceto de Oro, grande responsável pela conquista do Campeonato Argentino de 1946 e pelo fabuloso desempenho da equipe na excursão pela Europa.[2][3]

El Terceto de Oro.

Já como ídolo do futebol argentino, Martino disputou o Campeonato Italiano pela Juventus, sagrando-se campeão na temporada de 1949-50.[1][4]

Retornando ao futebol sul-americano em 1950, Martino foi contratado pelo Boca Juniors. Entretanto, o campeonato nacional já estava em andamento, impedindo que ele jogasse pelo time argentino. Cedido por empréstimo ao Nacional de Montevidéu, integrou o elenco campeão do Campeonato Uruguaio daquele ano.[5]

Em 1951, já atuando pelo Boca Juniors, Martino não demonstrou em campo o mesmo desempenho que o tornara famoso. Com problemas financeiros, o clube vende seu passe ao Nacional de Montevidéu por trezentos mil pesos.[5] Na temporada de 1952, Martino recuperou seu antigo brilho e tornou-se fundamental na conquista de mais um Campeonato Uruguaio.[1][5]

Em 1953, o Nacional liberou seu passe, e Martino foi para o São Paulo, por um período de testes durante o Torneio Rio-São Paulo. Após cinco jogos, não agradou e foi dispensado. Ainda naquele ano, foi contratado pelo Cerro, do Uruguai. Apesar de jogar no Uruguai, ele permaneceu morando na Argentina, para onde seguia todos os domingos, retornando a Montevidéu às quartas-feiras [5]. Esta rotina semanal contribuiu para o desgaste de suas condições físicas, e ele decidiu voltar definitivamente para a Argentina em 1954, encerrando sua carreira.[5]

Martino disputou vinte jogos pela seleção argentina entre 1942 e 1947, marcando quinze gols e conquistando o Campeonato sul-americano por dois anos consecutivos[1][5]. Em sua breve passagem pela seleção Italiana, disputou apenas um jogo e não marcou nenhum gol.