S. Bernardo (romance)
S. Bernardo, também editado posteriormente como São Bernardo, é um romance escrito por Graciliano Ramos, publicado em 1934 e situado na segunda etapa do modernismo brasileiro. É com este romance que Graciliano Ramos adquire reconhecimento crítico, e matura um estilo mais seco do que o do livro anterior, Angústia, que, no entanto, lhe deu mais popularidade.[1]
| São Bernardo | |||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
![]() S. Bernardo (romance) | |||||||
| Autor(es) | Graciliano Ramos | ||||||
| País | |||||||
| Gênero | Romance | ||||||
| Linha temporal | Século XX | ||||||
| Localização espacial | Alagoas | ||||||
| Arte de capa | Tomás Santa Rosa | ||||||
| Editora | Ariel | ||||||
| Formato | Brochura | ||||||
| Lançamento | 1936 (1a. edição) | ||||||
| Cronologia | |||||||
| |||||||
São Bernardo conta a história de um trabalhador rural, um trabalhador de enxada sem família que passa pela miséria, mas sobe sem escrúpulos e adquire uma consciência crítica posterior (Antonio Candido define o protagonista Paulo Honório como "um enjeitado").[2] O livro, conforme mostraram Antonio Candido e João Luís Lafetá,[3][4] denuncia a condição socioeconômica exploratória sob o capitalismo e o latifúndio.
Sinopse
A obra consiste na história de Paulo Honório, um homem simples mas ambicioso que acaba por se transformar num grande fazendeiro do sertão de Alagoas. Casa-se com Madalena para conseguir um herdeiro. Incapaz de entender a forma humanitária pela qual a mulher vê o mundo, ele tenta anulá-la com seu autoritarismo.
Personagens
- Paulo Honório - personagem principal, natural de Viçosa. Depois de comprar a fazenda São Bernardo, investe no seu desenvolvimento;
- Luís Padilha - herdeiro da fazenda São Bernardo;
- Casimiro Lopes - amigo de Paulo Honório;
- Azevedo Gondim - jornalista local;
- Padre Silvestre
- Nogueira - advogado.
- Ribeiro - contabilista;
- Margarida - negra doceira que criou Paulo Honório;
- Madalena - professora primária, que casa com Paulo Honório.
Adaptação para o cinema
S. Bernardo foi adaptado para o cinema em 1972. Dirigido por Leon Hirszman, São Bernardo ganhou 9 prêmios em festivais nacionais e internacionais.[5] com Othon Bastos e Isabel Ribeiro nos papéis centrais.
Referências
- Candido, 2006 p. 47.
- Candido, 1978, p. 103.
- Candido, 1978.
- Lafetá, 1995, págs. 192-217.
- Luís Alberto Rocha Melo para o Diário Caçadorence, Cine SESC exibe hoje o filme “São Bernardo”, 17/05/2012
Bibliografia
- LAFETÁ, João Luiz. "O mundo à revelia". In: RAMOS, Graciliano, São Bernardo (64ª edição), São Paulo/Rio de Janeiro: Editora Record, 1995, págs. 192-217.
- CANDIDO, Antonio. Tese e Antítese. São Paulo: Editora Nacional, 1978.
- CANDIDO, Antonio. Ficção e Confissão - ensaios sobre Graciliano Ramos. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006 (3ª edição revista pelo autor).

