Saepta Julia

Saepta Julia (pt: Septa Júlia[1][2] ) era um local da Roma Antiga onde os cidadãos se reuniam para assembleias e votações. Foi concebido por Júlio César e dedicado por Marco Vipsânio Agripa em 26 a.C. Foi construído originalmente como um local para a assembleia tribal (comitia tributa) se reunir e lançar seus votos[3] e substituiu uma estrutura mais antiga chamada Ovil, que servia à mesma função[4]. A construção nem sempre manteve sua função original e foi utilizada para combates gladiatoriais por Augusto[5] e depois serviu como mercado[3].

Saepta Julia
Saepta Julia
Muro da Saepta Julia na Via della Minerva
Construção Entre 44-26 a.C.
Promotor / construtor Lépido
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização Região V - Campo de Marte
Coordenadas 41° 53' 54" N 12° 28' 38" E
Saepta Julia está localizado em: Roma
Saepta Julia
Saepta Julia

História

A concepção da Saepta Julia começou na época de Júlio César (m. 44 a.C.). Localizado no Campo de Marte, foi construída em mármore e circundava um enorme espaço retangular (c. 300 x 95 metros)[5] perto do Panteão. O edifício foi planejado por Júlio César que queria que ele fosse construído de mármore e tivesse um pórtico de uma milha, seguindo uma carta de Cícero ao seu amigo Ático sobre o projeto[6]. O quadripórtico (um pórtico de quatro lados como o que foi utilizado para cercar a Septa Júlia) foi um elemento arquitetônico popularizado por César[3].

Depois que ele foi assassinado e como resultado do apoio popular ao líder morto, as obras continuaram em projetos que César havia planejado[5]. Marco Emílio Lépido, que apoiava César e depois se aliou ao seu sucessor, Otaviano, assumiu os projetos. A construção foi finalmente terminada e dedicada por Marco Vipsânio Agripa em 26 a.C., que foi também o responsável pelas lajes de mármore esculpidas e as pinturas gregas. Ela é visível na Forma Urbis Romae, um mapa da cidade de Roma como ela se parecia no século III d.C. e parte da parede original ainda é visível perto do Panteão.

Ver também

Localização

Planimetria do Campo de Marte central

Referências

  1. Machado 1981, p. 225.
  2. Machado 1981, p. 76.
  3. Simon Hornblower and Antony Spawforth (eds.), The Oxford Classical Dictionary (1996) — ISBN 0-19-866172-X; (em inglês)
  4. Platner, Samuel Ball (1929). A Topographical Dictionary of Ancient Rome (em inglês). London: Oxford University Press
  5. Diane Favro, The Urban Image of Augustan Rome, New York: Cambridge University, 1996 (em inglês)
  6. Cic. Att 4.16.14

Bibliografia

  • Machado, Dyonelio (1981). Sol subterrâneo. [S.l.]: Editora Moderna
  • Machado, Dyonelio (1980). Prodígios. [S.l.]: Editora Moderna

Ligações externas

This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.