Stupendemys

Stupendemys é um gênero pré-histórico de tartaruga de pescoço dobrado de água doce. Seus fósseis foram encontrados no norte da América do Sul, em rochas que datam do final do Mioceno até o início do Plioceno, há cerca de 9 a 5 milhões de anos.[1][2]

Stupendemys
Intervalo temporal: 15,97–5,333 Ma
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Testudines
Subordem: Pleurodira
Família: Podocnemididae
Gênero: Stupendemys
Wood, 1976
Espécie-tipo
Stupendemys geographica
Wood, 1976
Sinónimos
  • S. souzai Bocquentin & Melo, 2006

Descrição

Um fóssil quase completo da carapaça de Stupendemys media mais de 2,35 m de comprimento e também era muito largo.[3] Com base nesse espécime, uma carapaça fóssil maior, mas menos completa, teria um comprimento total estimado de carapaça de mais de 3,3 m, tornando-a uma das maiores tartarugas que já existiram, rivalizando com Archelon.[3] A maior tartaruga de água doce que vive atualmente nos neotrópicos é a tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa), um pleurodire intimamente relacionado a Stupendemys, mas a tartaruga-da-amazônia mede apenas 75 centímetros.[4] Duas espécies foram descritas até o momento. Stupendemys geographicus era mais robusta; seus restos foram encontrados na Formação Urumaco da Venezuela e na Formação Villavieja da Colômbia.[5] O Stupendemys souzai, marginalmente menor e mais esbelto, foi recuperado da Formação Solimões, no Estado do Acre, Brasil.[2][6]

Dimorfismo sexual

Os dois tipos de concha indicam a existência de dois sexos de Stupendemys machos com conchas com chifres e fêmeas com conchas sem chifres.[7] Em stupendemys geographicus, foi a primeira vez que foi relatado dimorfismo sexual na forma de conchas com chifres para qualquer tartaruga de pescoço dobrado.[8]

Referências

  1. Wood, R. C. (1976). «Stupendemys geographicus, the world's largest turtle». Breviora. 436: 1–31
  2. Bocquentin, Jean; Melo, Janira (2006). «Stupendemys souzai sp. nov. (Pleurodira, Podocnemididae) from the Miocene-Pliocene of the Solimões Formation, Brazil» (PDF). Revista Brasileira de Paleontologia. 9 (2): 187–192. doi:10.4072/rbp.2006.2.02
  3. Stupendemys: Giant Amongst Mega-Turtles
  4. Cox, Barry; Dixon, Dougal; Gardiner, Brian (2001). Dinosaurier und andere Tiere der Vorzeit [Dinosaurs and other prehistoric animals] (em alemão). [S.l.]: Gondrom Verlag. ISBN 3-8112-1138-2
  5. Cadena, E.-A.; Scheyer, T.M.; Carrillo-Briceño, J.D.; Sánchez, R.; Aguilera-Socorro, O.A.; Vanegas, A.; Pardo, M.; Hansen, D.M.; Sánchez-Villagra, M.R. (12 de fevereiro de 2020). «The anatomy, paleobiology, and evolutionary relationships of the largest extinct side-necked turtle». Science Advances. 6 (7): eaay4593. doi:10.1126/sciadv.aay4593
  6. Bocquentin, J.; Guilherme, E. (1997). «A cintura pélvica do quelônio Stupendemys (Podocnemididae, Podocnemidinae) proveniente do Mioceno superior-Plioceno do Estado do Acre, Brasil». Acta Geologica Leopoldensia. 20 (45): 47–50
  7. Cadena, E.-A.; Scheyer, T. M.; Carrillo-Briceño, J. D.; Sánchez, R.; Aguilera-Socorro, O. A.; Vanegas, A.; Pardo, M.; Hansen, D. M.; Sánchez-Villagra, M. R. (1 de fevereiro de 2020). «The anatomy, paleobiology, and evolutionary relationships of the largest extinct side-necked turtle». Science Advances (em inglês). 6 (7): eaay4593. ISSN 2375-2548. doi:10.1126/sciadv.aay4593
  8. «Scientists dug up car-sized turtle fossil». Tech Explorist (em inglês). 14 de fevereiro de 2020. Consultado em 17 de fevereiro de 2020
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