Sua Estupidez

"Sua Estupidez" é uma canção do cantor e compositor brasileiro Roberto Carlos, lançada em 1969 no álbum Roberto Carlos.

"Sua Estupidez"
Canção de Roberto Carlos
do álbum Roberto Carlos
Lançamento 1969
Gravadora(s) CBS
Composição Roberto e Erasmo
Faixas de Roberto Carlos
As Curvas da Estrada de Santos
(8)
Oh! Meu Imenso Amor
(10)
"Sua Estupidez"
Single de Gal Costa
Lado A Sua Estupidez / Vapor Barato
Lado B Zoilógico / Você Não Entende Nada
Lançamento 1971
Formato(s) compacto
Gênero(s) MPB
Gravadora(s) Philips
Letrista(s) Roberto e Erasmo

Histórico

Um dos maiores destaques do álbum de 1969 de Roberto Carlos, "Sua Estupidez" é uma das canções mais famosas do artista.[1][2][3][4][5] Com influências da soul music estadunidense, Sua Estupidez marca um período de transição do cantor, do repertório juvenil da Jovem Guarda à música romântica.[4][1][6]

Em uma entrevista, Roberto Carlos diz que a letra era "um grito de alerta às pessoas que amam, mas vivem infelizes porque dão muito valor a detalhes insignificantes." Na mesma entrevista, ele revela que a letra foi composta em uma manhã após uma noite chuvosa. "Acordei um pouco cansado de tudo, das coisas inúteis que passam a ser importantes para quem não entende nada do valor dos sentimentos. É horrível conviver com gente "emburrecida" por qualquer coisinha."[1]

No livro "Roberto Carlos Em Detalhes", do historiador Paulo Cesar de Araújo, ainda foi revelado que a canção era um recado direto para Cleonice Rossi Martinelli, então esposa do cantor. Seus versos já anteviam o fim do matrimônio de Roberto e Nice, embora isso só viesse a ocorrer no final da década de 1970.[1]

Crítica

Para Lorraine Leu, a canção que combina "uma expressão do sonho e do desejo com petulância juvenil" e sua letra "está cheio de redundâncias de expressão coloquial e prestam-se soberbamente com a naturalidade e clareza de estilo vocal de Carlos".[7]Nelson Motta diz que Sua Estupidez é a "melhor criação, de maior impacto" da carreira de Roberto Carlos no final da década de 1960.[8]

Versão de Gal Costa

Em 1971, a Gal Costa regravou a canção para um compacto simples, que se tornou um grande sucesso comercial.[2] Além disso, a versão da cantora baiana sintetiza a agressividade e os desencontros sugeridos na letra.[8]

Ainda naquele mesmo ano, uma nova versão foi gravada para seu álbum ao vivo "Fa-Tal - Gal A Todo Vapor". Uma terceira versão de Gal foi lançada em 1997, no álbum acústico da cantora baiana.

Outras versões

Referências

  1. Araújo, Paulo Cesar de (2006). Roberto Carlos em detalhes. São Paulo: Editora Planeta do Brasil. 450 páginas. ISBN 85-7665-228-5
  2. Marcos Antônio Marcondes (1998). Enciclopédia da música brasileira: popular, erudita e folclórica 3 ed. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural/Publifolha. 887 páginas. ISBN 978-0754636557
  3. Roberto Carlos 1969, por Pedro Alexandre Sanches - Cultura Brasil, 01 de janeiro de 2011
  4. A discografia de Roberto Carlos, álbum por álbum - iG, 18 de abril de 2011
  5. Roberto Carlos - Revista Rolling Stone, Outubro de 2008
  6. Roberto Carlos - Biografia - iG Gente
  7. Lorraine Leu (2006). Brazilian Popular Music: Caetano Veloso and the Regeneration of Tradition (em English) 1 ed. [S.l.]: Ashgate Publishing Co. 180 páginas. ISBN 978-0754636557
  8. Nelson Motta (2000). Noites Tropicais 1 ed. Rio de Janeiro: Objetiva. 461 páginas. ISBN 85-7302-292-2

Ligações externas

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