Templo de Hércules e as Musas
O Templo de Hércules e as Musas (em latim: Aedes Herculis Musorum ou Herculis et Musorum) era um templo da Roma Antiga situado no Campo de Marte, em Roma, dedicado a Hércules e as Musas.[1] Foi edificado por Marco Fúlvio Nobilior após sua captura de Ambrácia em 189 a.C. e seu triunfo em 187 a.C., provavelmente por tomar ciência na Grécia que Hércules era um muságeta (condutor de Musas).[2] Para Todd W. Parment, contudo, teria sido edificado entre 187 e 179 a.C.,[1] ano que foi nomeado censor ao lado de Marco Emílio Lépido.[3]
| Templo de Hércules e as Musas | |
|---|---|
| Tipo | Templo |
| Construção | 34 ou 33 a.C. |
| Promotor / construtor | Lúcio Márcio Filipo (pai) ou Lúcio Márcio Filipo (filho) |
| Geografia | |
| País | Itália |
| Cidade | Roma |
| Localização | Região VII - Circo Flamínio |
| Coordenadas | |
![]() Templo de Hércules e as Musas |
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Segundo Macróbio,[4] Plínio, o Velho[5] e Ovídio,[6] Nobilior adicionou ao templo uma cópia dos fastos com notas, provavelmente os primeiros deste tipo, e estátuas das nove Musas e Hércules tocando lira, todas obtidas em Ambrácia. Mário Sérvio Honorato afirma que Nobilior também teria transferida a edícula de bronze das Camenas, anteriormente localizado no Templo da Honra e Virtude, para lá.[7][1] As estátuas do Templo de Hércules são descritas em denários de Quinto Pompônio Musa datáveis de 64 a.C..[2]
Segundo Suetônio[8] e Ovídio,[9] o templo teria sido reconstruído em 34 ou 33 a.C. por Lúcio Márcio Filipo, o meio-irmão do imperador Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.), após seu triunfo devido a seu mandato bem-sucedido como governador da Hispânia. Para Samuel Ball Platner, contudo, com base em Marcial,[10] o construtor teria sido o pai deste, também chamado Lúcio Márcio Filipo.[11] Ele passou a ser circundado desde este momento pelo Pórtico de Filipo.[1] O templo foi mencionado nos Catálogos Regionais e aparece num fragmento do Plano de Mármore. Uma inscrição descobertas nas imediações esteve provavelmente originalmente no pedestal de alguma das estátuas.[2]
Referências
- «Porticus Phillippi» (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2015
- Platner 1929, p. 255.
- Gorski 2015, p. 91.
- Macróbio século V, I.12.16.
- Plínio, o Velho século I, XXXV.66.
- Ovídio século I a.C., VI.812.
- Mário Sérvio Honorato século IV, I.8.
- Suetônio século I, 29.5.
- Ovídio século I a.C., 6.801-2.
- Marcial século I, V.49.11-12.
- Platner 1929, p. 428.
Bibliografia
- Gorski, Gilbert J.; Packer, James E. (2015). The Roman Forum: A Reconstruction and Architectural Guide. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 0521192447
- Macróbio (século V). Saturnália. [S.l.: s.n.]
- Marcial (século I). Epigramas. [S.l.: s.n.]
- Mário Sérvio Honorato (século IV). Comentário sobre a Eneida de Virgílio. [S.l.: s.n.]
- Ovídio (século I a.C.). Fastos. [S.l.: s.n.]
- Platner, Samuel Ball (1929). A Topographical Dictionary of Ancient Rome. Londres: Oxford University Press
- Plínio, o Velho (século I). História Natural. [S.l.: s.n.]
- Richardson, L. (1992). A New Topographical Dictionary of Ancient Rome. [S.l.]: JHU Press. ISBN 978-0-8018-4300-6
- Suetônio (século I). Vida dos Doze Césares. Vida de Augusto. [S.l.: s.n.]

