Templo de Vejóvis
O Templo de Vejóvis, na Roma Antiga, foi um templo do deus Vejóvis (em latim: Veiovis).
| Templo de Vejóvis | |
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![]() Templo de Vejóvis | |
![]() Templo de Vejóvis | |
| Tipo | Templo romano |
| Construção | 192 a.C. |
| Promotor / construtor | Lúcio Fúrio Purpúrio Quinto Márcio Rala |
| Geografia | |
| País | Itália |
| Cidade | Roma |
| Localização | VIII Região - Fórum Romano |
| Coordenadas | |
![]() Templo de Vejóvis |
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Na literatura
Segundo as fontes literárias, o templo ficava num terreno "inter duos lucos" ("entre dois bosques sagrados"), um na cidadela de Roma (Arx) e outro no Capitólio, os dois picos do monte Capitolino[1]. A estátua do deus ficava perto da estátua de um bode[2]. Na mesma área estava também o Asilo (Asylum), onde, segundo a lenda[3], Rômulo teria recebido fugitivos de outras partes do Lácio (Latium) para aumentar a população de sua nova cidade, principalmente refugiados políticos, escravos foragidos, latinos e etruscos, e, segundo Floro, frígios e acádios[4].
Sua construção foi prometida em 200 a.C. pelo propretor Lúcio Fúrio Purpúrio na Batalha de Cremona, durante a guerra contra os boios, e dedicado em 192 a.C. por Quinto Márcio Rala.
Arqueologia
Os restos de um templo foram escavados em 1939, na época de Benito Mussolini, durante uma escavação sob a Piazza del Campidoglio para a criação do corredor subterrâneo ligando o Palazzo dei Conservatori ao Palazzo Nuovo por debaixo da praça. As ruínas identificadas do templo podem ser vistas atualmente embaixo do Tabulário. O Templo de Vejóvis foi salvo da destruição por ter sido enterrado debaixo das fundações de edifícios posteriores no Capitólio e a estrutura descoberta foi identificada como sendo o Templo de Vejóvis a partir de fontes antigas e da descoberta de uma estátua sagrada de mármore na cela do edifício. As fontes afirmam que esta estátua tinha uma face imberbe e levava na mão direita um feixe de flechas.
A principal características deste templo, raramente encontrada em outros templos romanos (provavelmente pela falta de espaço), é uma cela transversalmente alongada, cuja largura é quase duas vezes maior que sua profundidade (15 x 8,90 metros). O pódio elevado é composto de um núcleo interno de cal e argamassa revestido com travertino, a mesma pedra utilizada para pavimentar o pátio do templo. A fachada segue a linha do Aclive Capitolino e tem um pórtico com quatro pilares na parte central precedido por um lance de escadas.
Três fases distintas de construção foram identificadas, a última das quais no século I a.C. e ligada à construção do Tabulário. O templo foi depois restaurado pelo imperador Domiciano, que acrescentou os pilares de tijolos e mármore colorido no revestimento do piso e das paredes da cela.
Localização
| Planimetria do Capitólio antigo |
|---|
Iseu
Templo da Concórdia (?) Templo de
Júpiter Conservador Altar
Templo
Tensário "Cem Passos"
Porta Pandana
Templo de
Fides (?) Templo
de Ops (?) |
Referências
- Vitrúvio, IV.8.4; Aulo Gélio, V.12.5, Aedes Veiovis anotado em Ashby, A Topographical Dictionary of Ancient Rome, 1929. (em inglês)
- Aulo Gélio, V.21.11; Ovídio, Fastos, III.443, anotado em Platner & Ashby 1929. (em inglês)
- Plutarco, Vita Romuli; Lívio, Floro
- Floro, I.9, anotado por Emma Dench, Romulus' asylum: Roman identities from the age of Alexander to the age of Hadrian (Oxford University Press) 2005, p. 2 nota 4. (em inglês)
Bibliografia
- «Capitoline Museums» (em inglês). Musei Capitolini.org



